Como o consumo deve se comportar em 2019

Estamos na reta final de 2018, todos focados em fazer valer cada dia que ainda falta para maximizar os resultados do ano e já de olho no que 2019 nos reserva. Fica então a pergunta: como o consumo irá se comportar no ano que vem?
O consumo é direcionado por quatro indicadores macroeconômicos, ou seja, se eles vão bem o consumo cresce forte, se alguns deles tem baixo desempenho, o varejo tende a ficar estável ou com crescimento baixo e se a maior parte deles vai mal, o varejo perde vendas.
Dessa forma, se entendermos o comportamento desses quatro indicadores, é possível prever com acuracidade qual será o desempenho do varejo nos próximos anos. Está aí a importância de entendermos e acompanharmos esses indicadores.
EMPREGO
Porque esse indicador é importante: o emprego é o viabilizador da renda das famílias, quanto mais pessoas empregadas e com renda, maior é o consumo. O emprego e a qualidade do emprego também são fundamentais para que a confiança do consumidor melhore.
O indicador de desemprego mostra clara melhoria após o ápice da crise em 2016, mas, apesar de caminhar para a direção correta, sua recuperação ainda é lenta e longe do suficiente para voltarmos ao patamar pré-crise.
Por outro lado, as projeções de queda do índice para os próximos anos são animadoras. O mercado projeta a criação de 1,7 milhões de empregos em 2019 e mais 1,8 milhões de empregos para 2020 – setor público e privado (vagas formais e informais).

MASSA SALARIAL
Porque esse indicador é importante: ele é a estimativa da soma dos salários de todos os brasileiros, ou melhor, é ele que indica se o mercado cresce ou não, mostrando se o total de dinheiro disponível para ser gasto/poupado é maior ou menor.
A leve recuperação do emprego nos últimos 18 meses e o controle da inflação precipitou o crescimento da massa salarial, alcançando assim o seu maior patamar histórico, já considerando os valores deflacionados. Os dados do gráfico abaixo podem ser comparados e mostram o crescimento real do indicador.
O tamanho do mercado que pode ser capturado pelas empresas nunca foi tão grande, por outro lado, a população cresce e envelhece em ritmo mais forte que a massa salarial, fazendo com que a quantidade de recurso por pessoa apresente um crescimento menor que a massa salarial.

CRÉDITO: Porque esse indicador é importante: o crédito é a principal ferramenta para aumentar o poder de consumo das famílias e dar acesso a produtos de ticket médio maior. Para exemplificarmos, a renda média familiar brasileira é de apenas R$ 2.500 por mês. Uma família de classe C gasta cerca de metade da sua renda apenas com alimentos, o que sobra tem que ser suficiente para outros gastos de primeira necessidade como moradia, transporte, saúde, etc. Assim, a única maneira dessas famílias poderem comprar itens mais caros é através do crédito.
Com o controle da inflação e consequente queda nas taxas de juros, o crédito será pilar fundamental para a recuperação do consumo no Brasil. Corrobora com esses fatores o menor índice de endividamento das famílias brasileiras nos últimos dez anos, bem como a menor taxa de inadimplência das famílias dos últimos seis anos.

CONFIANÇA DO CONSUMIDOR
Porque esse indicador é importante: sem confiança, as famílias postergam ou reavaliam decisões de compra, afinal, ninguém troca de geladeira ou toma crédito se acredita que pode perder o emprego.
Passamos pelo menor patamar de confiança da nossa história durante 2015/2016, em decorrência do forte aumento da inflação e do desemprego. Em 2017, voltamos ao patamar de 85 pontos, com o controle da inflação e com o leve início da recuperação do emprego, mas ficamos estagnados nesse nível desde então. A instabilidade política e a incerteza do futuro econômico no país criaram um teto nesse indicador que só será ultrapassado com a sinalização clara de uma melhora no mercado de emprego.

PARA ONDE O CONSUMO VAI
Com base na expectativa de melhora nos quatro indicadores macroeconômicos que norteiam o consumo, aplicamos nossas projeções para esses indicadores em nossa análise multivariável para projetar o desempenho do varejo para os próximos anos. Tal projeção apresenta excelentes expectativas para 2019 e 2020, com crescimento acima da inflação, na ordem de 6,0% e 6,5%, respectivamente, em um cenário muito bem-vindo depois dos difíceis anos de 2015, 2016 e 2017. E que venham bons ventos! Boas vendas!

(Por Mercado&Consumo – Eduardo Yamashita)

Quais serão as tendências do varejo em 2019?

O mercado competitivo é um desafio para qualquer empresa. Ganhar espaço entre as novas marcas e as já conhecidas pelo público é um trabalho que demanda muito planejamento. Ainda mais hoje em dia, em que as tendências do varejo mudam a todo instante.
Nesse sentido, as empresas precisam ficar atentas para se manter atualizadas, oferecer a melhor experiência ao cliente e garantir uma trajetória de sucesso. Do contrário, quando não acompanha esses avanços do mercado e da tecnologia, a marca corre o risco de ser ultrapassada pela concorrência, perdendo clientes e vendas.
Quer saber quais mudanças vão chegar no mercado em 2019? Continue a leitura e confira uma lista com os principais destaques para o próximo ano!

Integração de lojas físicas e virtuais

tecnologia de comunicação avança de maneira surpreendente, conectando cada vez mais os consumidores. Seguindo a mesma lógica, uma das principais tendências do varejo é que os negócios integrem todos os seus sistemas.
Esse tipo de mudança já está acontecendo em diversas empresas, tendo como foco oferecer uma experiência diferenciada ao consumidor. Dessa forma, é possível iniciar uma compra on-line e retirar o produto na loja física, por exemplo, ou avaliar um item no estabelecimento e finalizar a sua aquisição utilizando um smartphone.

Transformação de lojas físicas em show rooms

Outra mudança que está acontecendo diz respeito à forma como o varejo apresenta os seus produtos aos clientes. A função dos estabelecimentos está mudando bastante nos últimos anos, de maneira que os compradores vivenciem a compra de maneira diferenciada: escolhendo os itens desejados e os recebendo diretamente em suas casas.
Essa ideia de transformar as lojas em show rooms proporciona requinte no momento da compra — além de oferecer ao cliente o benefício de não precisar se preocupar com o transporte do produto, valorizando o seu conforto e privacidade.

Crescimento do número de consumidores com mais de 60 anos

A terceira idade está cada vez mais consumista! A nossa sociedade está envelhecendo, mesmo sem querer, o que vem destacando os idosos como um dos públicos que mais consome no mercado. Por isso, uma das principais tendências do varejo para o próximo ano é encontrar coleções, lojas e vendedores preparados para atender as necessidades desses consumidores.

Divisão do mercado em nichos

Os nichos são parcelas da sociedade ainda pouco exploradas pelo varejo — logo, cheias de potencial. Para elaborar estratégias de aquisição desses consumidores, é preciso entender e priorizar essa segmentação, algo que já vem sendo feito por muitas empresas atualmente.
A verdade é que as marcas estão se moldando conforme o comportamento do consumidor. Com isso, a divisão do mercado em nichos é uma maneira eficiente de entender as suas necessidades e expectativas, melhorando os resultados alcançados.
Com essas tendências do varejo podemos perceber que as lojas físicas precisam mudar o PDV para conquistar a atenção do seu público. Além disso, a exigência do mercado também prioriza a ideia de que o atendimento ao cliente precisa ser impecável. Apenas com essas análises é que é possível aumentar as chances de fidelizar um comprador e crescer no mercado de atuação!
Então, o que você achou deste post? Se gostou, aproveite para compartilhá-lo com os seus amigos nas redes sociais!
(Por Pricefy via Varejo ESPM)

A experiência de compra no centro das atenções

Atualmente, a experiência de compra é um dos fatores mais relevantes para os consumidores – de acordo com pesquisa da Officina Sophia Retail, 86% das pessoas estão dispostas a pagar mais por uma boa experiência. Por isso, varejistas do mundo todo estão investindo cada vez mais em formas de oferecer o que os consumidores realmente desejam, no momento certo e com o máximo de conveniência.
Nos Estados Unidos, por exemplo, a compra por um clique nos e-commerces e os aplicativos de pagamento próprios de marcas, como do Starbucks, são excelentes exemplos de inovação para os varejistas que buscam melhorar a experiência dos clientes. No Brasil, a Magazine Luiza é a rede que mais se destaca nesse sentido atualmente. Em 2017, a empresa cresceu impressionantes 510%, principalmente por conta da estratégia digital que adotou, muito parecida com essas tendências mundiais.
No entanto, o mercado brasileiro como um todo ainda precisa acelerar muito em relação ao desenvolvimento de boas experiências. Na minha opinião, os principais entraves desse crescimento estão relacionados ao crédito e taxas cobradas pelas empresas de cartões. Em 2017, por exemplo, só na Black Friday, o e-commerce nacional movimentou R$ 2,1 bilhões. Se usarmos como base a porcentagem média de taxas que as redes pagam às empresas de cartão – 2,5% – o segmento deixou de arrecadar R$ 84 milhões, somente neste período.
Diante desse cenário, as fintechs podem ajudar – e muito – as varejistas se adaptarem a esses obstáculos de crescimento. Por meio de parcerias, as redes podem passar a ter novos produtos, como linhas de crédito, por exemplo, oferecendo maior poder de compra e uma experiência ainda mais satisfatória aos consumidores. Pense em todos os intermediários existentes para adquirir um produto atualmente. O cliente tem que fazer um cartão de crédito, ter o crédito liberado, abrir uma conta no e-commerce e, por fim, finalizar o pedido. Por que não realizar o processo completo no próprio site? Por que o próprio varejista não pode oferecer o crédito? Por que não criar um ambiente com experiência completa? Esse é o caminho das grandes empresas do mundo. A Amazon está oferecendo contas bancárias em parceria com o JP Morgan, e o Starbucks já tem a carteira digital mais usada dos EUA, à frente de Apple Pay, Samsung Pay e Google Pay.
Aqui no Brasil ainda temos um longo caminho a trilhar, mas o tempo para implementação de inovações está cada vez menor e, por isso, esse movimento, puxado pela Magazine Luiza, tem tudo para avançar bastante nos próximos anos. Via Varejo e B2W, por exemplo, também já perceberam o grande potencial da oferta de serviços financeiros e estão ao lado da rede nessa guerra que, além de ajudar a tornar os negócios mais rentáveis, só traz benefícios aos consumidores.
Por Bruno Samora, Head of Retail na Matera, empresa de tecnologia para os mercados financeiro, varejista e de gestão de riscos
(Por NoVarejo –  via Varejo ESPM)

Abilio Diniz vende participação de 2,55% no Carrefour por R$ 805 mi

A Península Participações, controlada pelo empresário Abilio Diniz, vendeu nesta sexta-feira uma participação de 2,55 por cento no Carrefour Brasil por 805 milhões de reais, afirmou uma fonte com conhecimento do assunto.
Com a venda realizada em bloco na bolsa paulista B3, Diniz reduziu sua participação no Carrefour Brasil para 8,91 por cento disse a fonte. A Península, contudo, manteve a participação de 7,76 por cento no grupo francês Carrefour, acrescentou a fonte.
Procurada, a Península confirmou a venda em bloco das ações e informou que continuará com dois assentos no conselho de administração do Carrefour Brasil, além de dois lugares no conselho do grupo Carrefour.
A holding do empresário afirmou que a venda da participação ocorreu no momento certo para reduzir seu investimento no Carrefour Brasil.
A companhia também informou que continuará ativamente participando do desenvolvimento do grupo Carrefour e do Carrefour Brasil.
Às 14h51, as ações do Carrefour Brasil recuavam 6,75 por cento, enquanto o rival GPA, que já foi controlado por Diniz, tinha queda de 0,42 por cento e o Ibovespa mostrava caía 1,3 por cento.
(Por Exame – Tatiana Bautzer via ESPM Varejo)

Facebook inaugura pop-up stores em lojas da Macy’s

O Facebook anunciou a abertura de pop-up stores em nove lojas diferentes da Macy’s. Nelas estarão disponíveis produtos de 100 marcas, algumas delas selecionadas por serem as “mais amadas” no Instagram e no Facebook. Entre elas estão a Love Your Melon, de moda, que trabalha com a conscientização e luta contra o câncer pediátrico e a Two Blind Brothers, que é uma empresa de roupas sem fins lucrativos, doando todos os recursos das vendas para pesquisas sobre cegueira.
As pop-up stores estão localizadas em unidades da Macy’s em Atlanta, San Antonio, Los Angeles, Las Vegas, Nova York, São Francisco, Seattle, Fort Lauderdale e Pittsburgh e irão funcionar até fevereiro de 2019.
A ação do Facebook pode ser um indicativo dos próximos passos da empresa no varejo de hardware. A companhia lançou o Oculus Rift, de Realidade Virtual e o Portal, um dispositivo para a realização de chamadas de vídeo.
(Por Mercado&Consumo via Varejo ESPM)

Johnson & Johnson desenvolve tecnologia para ponto de venda

As marcas de skincare da Johnson & Johnson Roc, Neutrogena e Neostrata desenvolveram o móvel interativo Beauty Care. Localizado na Onofre CVS Pharmacy Pamplona, em São Paulo, o item tem tecnologia “Lift and Learn” e deve ser levado para mais 30 unidades de grandes redes até o final de 2019, em todo o Brasil.
O móvel é composto por uma tela de LED e uma bancada expositora com um produto de cada marca. O sistema de lift and lern permite que, ao levantar um dos produtos, o consumidor seja impactado com informações sobre sua composição, benefícios e modos de uso. Além disso, um cronograma de cuidados faciais personalizado é sugerido, identificando as necessidades especificas de cada comprador, por meio de um quizz, respondendo perguntas simples como: “seu tipo de pele”, “se usa maquiagem”, “possui acne” e “se possui marcas de expressão”.
Uma pesquisa desenvolvida pelo Google Reports (2018) relatou que 57% das consumidoras buscam marcas que ofereçam soluções que atendem a sua necessidade e 50% consideram as marcas que demonstram experiências reais e diversificadas. A tecnologia foi desenvolvida para minimizar as dúvidas da consumidora no momento da compra, trazendo soluções tecnológicas e personalizadas.
O Beauty Care Interativo foi desenvolvido para fortalecer os pontos de vendas das marcas de beleza da Johnson & Johnson. Sandrino Vejar, grouper de Marketing de Beauty da Johnson & Johnson Consumo, disse que “para gerar uma percepção diferenciada na hora da compra, mais de 180 móveis foram trocados no período de um ano, o que gerou um crescimento de 22% nas vendas e até o final de 2018 mais de 500 lojas serão impactadas por essas mudanças”.
(Por Mercado&Consumo via Varejo ESPM)

Como o visual merchandising influencia a compra? Aprenda aqui!

Pare por um instante e reflita: por que determinados estabelecimentos sobressaem aos outros, ainda mais quando se trabalha com os mesmos itens e até valores? A resposta está vinculada à questão do visual merchandising, que nada mais é do que a maneira que a loja se apresenta visualmente para os clientes, começando a partir da própria vitrine e do exterior.
Uma fachada mais atrativa com uma decoração diferenciada, por exemplo, é capaz de captar a atenção do consumidor, que sentirá vontade de conhecer a empresa. Depois que ele estiver dentro do estabelecimento, será muito mais fácil efetivar uma venda, certo?
Mas não para por aí. O visual merchandising pensa em todos os aspectos que influenciam a experiência de compra do cliente — desde a organização dos espaços até o layout das embalagens. O intuito aqui é proporcionar uma vivência exclusiva e inesquecível ao público.
Interessou-se pelo assunto e quer algumas dicas para aprimorar o seu visual merchandising, tornando a sua empresa referência na área? Continue a leitura e veja como essa técnica pode alavancar os seus resultados.

Conheça o seu público-alvo

Quais os principais receios e aspirações dos seus clientes? O que gostam de fazer? O que procuram em uma marca? Com o que trabalham? Para conseguir aperfeiçoar o visual merchandising, o profissional da comunicação precisa conhecer as particularidades dos consumidores. Somente assim, será possível desenvolver um trabalho de qualidade, que vai dialogar diretamente com os clientes.
Tenha em mente que a loja (como um todo) deve se comunicar com o seu público. Isto é: ao entrar na empresa, o cliente deve se sentir à vontade e, claro, compreendido. Por isso, é essencial recolher o máximo de informações sobre ele. Vale a pena, nesse sentido, elaborar alguns questionários, oferecendo mimos ou, até mesmo, descontos especiais para os clientes que respondê-los.

Utilize a iluminação a seu favor

Existem estudos que mostram que cada tipo de luz gera uma sensação diferente nas pessoas. As lâmpadas amareladas, por exemplo, proporcionam conforto e relaxamento. Não à toa, elas são comuns nas salas de estar, em bares com uma proposta intimista e em vários outros locais que querem transmitir paz e calmaria.
Já os tons de branco claro são ideais para locais de intensa atividade física ou intelectual. Quer um exemplo? Academias, escritórios e, até mesmo, restaurantes no formato fast food utilizam essa tonalidade.
Então, pense bem em qual sensação você quer transmitir para o cliente e utilize a iluminação adequada. Não se esqueça de que ambas as lâmpadas — tanto a amarela quanto a branca — iluminam igualmente, desde que tenham a mesma potência.

Aposte nos diversos sentidos

Um trabalho de visual merchandising efetivo mescla diversos sentidos, como: olfato, paladar e audição. Afinal, você quer que a sua empresa se destaque no mercado e ofereça um serviço exclusivo.
Por isso, é essencial sair da zona de conforto e apresentar uma proposta inovadora, investindo em experiências multissensoriais. Que tal, nesse aspecto, colocar uma fragrância na loja? Mas nada forte demais. Pelo contrário: o ideal é que seja uma essência leve e equilibrada, que torne o ambiente mais atrativo.
Pense também na possibilidade de colocar uma trilha sonora que seja compatível com a proposta do estabelecimento e, claro, do público. Outro ponto importante é a questão da climatização: o ambiente não deve ser frio demais e nem muito quente. A temperatura deve estar agradável. Essas simples ações podem influenciar no tempo de permanência do cliente dentro da loja, o que já é uma grande vantagem.

Organize os espaços

Independentemente do segmento, é necessário ter um espaço bem distribuído e organizado, de forma que o cliente consiga encontrar com facilidade o que precisa. Essa é uma premissa válida, sobretudo, para empresas que trabalham com um mix extenso de produtos. O mais recomendado é dividir o ambiente por setores ou departamentos.
Supermercados, por exemplo, apostam em um espaço exclusivo para hortifruti, outro, para itens de higiene pessoal e assim sucessivamente. Essa estratégia facilita a vida do consumidor, que conseguirá — em um piscar de olhos — localizar-se dentro da loja.
Lembre-se ainda de deixar um espaço moderado de circulação e não caia no erro de empilhar produtos, pois isso passa uma imagem de desorganização e bagunça, afastando o consumidor.

Elabore uma vitrine harmoniosa

Esse é um dos clássicos casos em que menos é mais. Uma vitrine cheia e desconexa repercute negativamente, enquanto um ambiente mais conciso, que está alinhado com a estratégia organizacional, vai gerar um bom resultado. Em outras palavras: elabore uma vitrine chamativa, mas sem pecar pelo excesso.
Por mais que a empresa tenha um leque extenso de produtos, aposte nos itens diferenciados e que vão casar perfeitamente com a proposta do estabelecimento, levando sempre em consideração o perfil do cliente. Afinal, a ideia é criar uma identificação instantânea com o público, despertando, assim, o desejo de comprar.

Trabalhe as mensagens institucionais

Outro ponto de extrema relevância e que faz total diferença é a forma com que a empresa trabalha a própria marca. Desde as cores utilizadas no logotipo até o local de implementação das mensagens institucionais: tudo deve ser levado em consideração. Não existe uma fórmula mágica. Porém, fato é que, ao simplificar a comunicação, você terá mais êxito nas diversas campanhas, incluindo as operacionais, institucionais e promocionais.
É importante ressaltar que, ao criar um projeto, é fundamental analisar tanto o fluxo como o momento da compra. Além do mais, certifique-se de padronizar o visual da loja, criando uma identidade marcante. A vitrine, os produtos e a organização interna devem seguir uma mesma linha de raciocínio, tornando o ambiente harmonioso.
Acredite: preocupar-se com o visual merchandising no ponto de venda deixou de ser um diferencial e tornou-se uma ação obrigatória para maximizar os lucros e fidelizar o público. Por isso, não pense duas vezes para contratar profissionais especializados, que sejam capazes de desenvolver uma proposta que dialogue com os ideais e as metas da organização.
Gostou do assunto e quer se inteirar ainda mais sobre o tema? Então, leia o nosso guia sobre visual merchandising e esclareça todas as suas dúvidas! Assim, você saberá como tirar do papel o seu projeto.
(Por Pricefy via Varejo ESPM)

Consumidores voltam a comprar produtos de marcas premium

Se a crise econômica e a queda na renda levaram o consumidor a deixar de lado suas preferências no supermercado, em função do orçamento reduzido, a comparação em termos de qualidade tem levado os produtos de marcas líderes de volta aos carrinhos de compras do público, que tem ido com mais frequência aos estabelecimentos. Essas são tendências demonstradas em sondagem realizada pelo Sincovaga (Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios do Estado de S. Paulo) em todas as regiões da capital.
O levantamento mostrou que 69,6% dos consumidores entrevistados experimentaram outras marcas de produtos no supermercado, exceto as líderes, nos últimos seis meses. As categorias em que houve mais marcas substituídas foram higiene e limpeza (87,7%) e mercearia (65,8%), seguidas por laticínios (58,9%). O preço foi a maior motivação para essa mudança de hábito, na opinião de 84,5% dos consumidores.
Essa tendência já era percebida na pesquisa realizada em fevereiro de 2016, quando 35,8% dos consumidores entrevistados à época afirmaram não se importar com marcas, mas sim com preços mais baixos, enquanto 27,5% informaram que tinham marcas de preferência, porém já haviam aberto mão delas em razão dos preços.
Entretanto, a recente sondagem mostra que este movimento está tomando o rumo contrário, pois 66,2% dos entrevistados disseram já ter voltado a consumir as marcas premium, a maioria do setor de higiene e limpeza (68,1%), seguido por mercearia e laticínios (44,7% cada) e bebidas (23,4%).
Na sondagem anterior (fevereiro de 2016), a maior resistência dos consumidores era na troca de marcas do setor de alimentos (44,6%), seguido por higiene pessoal (15,2%), limpeza (9,8%) e bebidas (8,3%).
Mas se o preço foi a maior motivação para a troca de marcas há pouco mais de um ano, a qualidade tem trazido os consumidores de volta às marcas premium do mercado. Para 78,7% dos clientes pesquisados pelo sindicato, a melhor qualidade desses itens foi a vantagem mais considerada, seguida por preço mais atraente (8,5%), o que pode evidenciar uma parceria maior entre o varejo e a indústria, e o custo-benefício (6,4%).
A maioria dos pesquisados consulta preços antes de ir ao supermercado (66,7%), utilizando principalmente folhetos (63,2%), internet (39,7%) e anúncios de TV (11,8%) para tomar suas decisões. Dos formatos de lojas mais utilizados, a maioria opta pelos supermercados (31,4%), seguidos pelos atacarejos (22,5%), hipermercados (20,6%); e lojas de vizinhança de grandes marcas e mercadinhos de bairro, cada um com 12,7% das respostas.
Quando avaliaram o que preferem nos diferentes varejistas, conveniência (tempo) e preço receberam a maior quantidade de notas altas no grau de importância. Todavia, atendimento, sortimento e qualidade dos produtos não foram considerados irrelevantes.
A pesquisa incluiu também o número de vezes em que os consumidores realizam suas compras ao longo do mês. A maioria dos consumidores entrevistados (38,2%) afirmou ir uma vez por semana ao supermercado, seguidos por duas vezes por semana e uma vez por mês, com 24,5% das respostas cada uma. 12,7% vão mais de duas vezes por semana ao supermercado.
Este aumento de frequência denota por um lado a diminuição por parte do público do hábito das compras de mês, assim como oferece aos varejistas oportunidades de desenvolver estratégias de promoção. Nesse sentido, adquirir apenas o que necessita para a semana foi a opção de 35,3% dos respondentes, seguida pelo hábito de aproveitar promoções e planejar as compras para o mês, ambas as respostas com 26,5%, enquanto 11,8% adquirem apenas o que precisa para um ou dois dias.
(Por Mercado&Consumo via Varejo ESPM)

Mondelez International muda estratégias e passa a focar no consumidor

Dirk Van de Put, CEO da Mondelez International anunciou a nova estratégia de longo prazo da companhia. O novo plano estratégico deseja acelerar o crescimento com foco no consumidor, impulsionar a excelência operacional e construir uma cultura de crescimento. O anúncio foi feito em conjunto com executivos do board global e das macrorregiões comerciais. De acordo com o executivo, a Mondelez possui liderança sólida nas categorias, um portfólio com marcas locais e globais e massiva presença em mercados de rápido crescimento, o que ajuda a posicionar a marca em posição de destaque.
A companhia anunciou que o novo propósito é “Snacking Made Right”, com o objetivo de focar o crescimento no consumidor, entendendo seus hábitos e desejos, oferecendo os produtos adequados, para o momento certo e produzidos com qualidade, utilizando ingredientes de fontes sustentáveis.
A nova estratégia tem como prioridades-chave: visão holística do comportamento do consumidor de snacks para melhorar o posicionamento da marca; transformação das áreas de Marketing e Digital para aumentar o retorno sobre o investimento; apostar de forma equilibrada nas marcas locais e globais para alcançar maior crescimento; criação de uma organização mais ágil com foco em inovação; extensão da marca em novos e/ou adjacentes mercados, considerando ainda aquisições; maior investimento em canais como o e-commerce; aceleração da presença em regiões com maior crescimento.
Para conduzir sua nova maneira de operar, a empresa pretende construir uma cultura de crescimento, que aproveite de forma mais eficaz a expertise comercial local e capacite o negócio a se mover com mais agilidade. Com maior investimento na construção de talentos e competências, a mudança cultural será complementada por uma nova estrutura de incentivo ao funcionário, visando impulsionar o crescimento.
A América Latina é responsável hoje por 14% do faturamento da Mondelez International. Com um mercado de snacks no valor de US$ 30 bilhões, o Brasil representa hoje 46% do faturamento da companhia na América Latina, ocupando a posição de liderança regional e de quarta principal engrenagem de crescimento da empresa no mundo. De acordo com dados da Euromonitor, a Mondelez Brasil é líder em três das cinco categorias em que atua no país, com 69% do mercado de gomas, 54% de balas e 52% em sucos em pó. A companhia ocupa a vice-liderança em chocolates, com 30%, e a terceira posição em biscoitos, com 8%.
Com a nova orientação, a companhia está melhor posicionada para ampliar sua participação no mercado de snacks no longo prazo, com distribuição ampla e investimento em canais estratégicos como atacado e e-commerce. Apenas na América Latina, a empresa estima crescer 17,9% em vendas no comércio online em 2018, alcançando US$ 53,20 bilhões. O novo direcionamento permite mais agilidade para os times regionais desenvolverem ações com marcas locais e inovações em embalagens, por exemplo.
Para acompanhar a mudança de estratégia, a empresa fez as projeções de metas anuais de longo prazo e as prioridades de alocação de capital. A companhia deseja ter crescimento de 3% ao ano na receita líquida orgânica; crescimento do rendimento ajustado por ação preferencial (EPS) e US$ 3 bilhões de fluxo de caixa.
Segundo o CFO da Mondelez International, Luca Zaramella, o novo plano estratégico criará um valor sustentável de longo prazo para os acionistas, acelerando o crescimento com foco nos ganhos de produtividade e na melhoria na geração de fluxo de caixa. Durante o anúncio, a companhia reafirmou a previsão para todo o ano de 2018 com o crescimento da receita líquida orgânica na faixa de 1% a 2%. Para este ano, deve haver a recompra de ações no valor de US$ 2 bilhões. Para 2019, a expectativa é que a receita líquida orgânica aumente de 2% a 3%, o EPS seja ajustado entre 3% e 5%, com base em moeda constante, e o fluxo de caixa seja de cerca de US$ 2,8 bilhões.
(Por Mercado&Consumo via Varejo ESPM )

Para conquistar cliente, Grupo Pão de Açúcar dobrará marca própria

Para fidelizar clientes e melhorar as margens, o Grupo Pão de Açúcar investe em produtos de suas marcas próprias. O plano é dobrar o número de itens da marca Qualitá nos próximos dois anos, dos atuais 1.300 para mais de 2.800, em todas as categorias.
“A exclusividade de marcas fideliza o cliente. Se todo mundo vende os mesmos produtos, a única diferença é o preço, o que não cria valor para a empresa ou o cliente”, afirma Wilhelm Kauth, Diretor de Marcas Exclusivas do GPA.
As marcas exclusivas, vendidas nas bandeiras Pão de Açúcar e Extra, são a Qualitá, Taeq, de alimentos saudáveis, a francesa Casino de produtos finos, os vinhos Club des Sommeliers e a Finlandek, de itens para casa, entre outras.
O investimento começou há um ano, com revisão do portfólio, e está dando os primeiros resultados. Em outubro, o crescimento de marcas próprias foi de 30% em relação ao mesmo mês do ano anterior.
As marcas desenvolvidas pelas varejistas já existem no mercado brasileiro há décadas. Mas até então, a Qualitá atuava com a abordagem errada, diz o diretor. O único atrativo desses produtos era o preço e ainda havia uma percepção do consumidor que a qualidade era inferior. Por isso, eram mais buscados em tempos de crise, quando consumidores estão mais preocupados com o bolso do que com a fidelidade, mas deixam os carrinhos de compra quando a situação melhora.
Para mudar essa situação, a empresa irá se basear no modelo europeu. Kauth, que chegou há cerca de um ano no grupo, tem experiência de 16 anos com marcas próprias na Europa e espera aplicar essa a mesma estratégia por aqui.
No mercado brasileiro, as marcas próprias são responsáveis por apenas 5% das vendas. Outros mercados já são mais maduros, diz o diretor: na Europa, elas representam de 30% a 35% das vendas e, nos Estados Unidos, de 20% a 22%.
Segundo ele, há uma correlação direta entre a participação de marcas próprias nas vendas com o crescimento das redes de supermercado. Na alemã Lidl, maior grupo de supermercados na região, mais de 80% das vendas são de marcas desenvolvidas pela varejista.
(Por Exame – Karin Salomão via Varejo ESPM)