Número de startups focadas em soluções para o varejo cresce quase 40% em um ano

A inovação já faz parte do varejo brasileiro e o número de startups nacionais focadas em tecnologias voltadas para melhorar a forma de relacionamento com o consumidor subiu de 194 para 269 nos últimos doze meses, um crescimento de quase 40%. A região Sudeste continua com a maior concentração de startups (67,1%), seguida pela região Sul (25,6%%), Nordeste (5%), Centro-Oeste (1,8%) e Norte (0,8%).
Metade das empresas está no estado de São Paulo. Rio Grande do Sul ocupa a segunda posição no ranking, com quase 10% das startups, seguido por Minas Gerais (9%), Paraná (8,2%), Santa Catarina (7,8%) e Rio de Janeiro (7,4%). Os dados são do Retail Tech Mining Report, levantamento feito em 2019 e desenvolvido pela plataforma de inovação aberta Distrito e pelo OasisLab, primeiro centro de inovação especializado em varejo do Brasil.
O documento teve o apoio do Centro de Estudos e Pesquisas do Varejo (CEPEV) da USP, KPMG, Neomode, Neoway e Posigraf. Em sua construção também foram consultadas informações da Associação Brasileira de Startups, DisruptBox e LinkedIn.
Muito além das compras pela internet
Segundo o fundador e CEO do OasisLab, Hélio Biagi, em 2018, cerca de 10% do volume de compras no varejo nos EUA foi realizado por meio de e-commerce e o crescimento dessa fatia tem se mantido consistente em cerca de um ponto percentual por ano. Ele explica que no Brasil o comércio eletrônico ainda representa pouco mais de 4% do total, mas o setor tem apresentado crescimento de dois dígitos mesmo num cenário de crise.
“No entanto, a inovação no varejo vai muito além de permitir que o consumidor faça suas compras pela internet. Dentro da loja física, transformações óbvias se misturam às mais sutis. Enquanto clientes se encantam com tecnologias como displays e espelhos inteligentes, realidade virtual e checkout automatizado, outras menos evidentes também são fundamentais para o varejista”, completa.
É dentro desse cenário que as startups brasileiras ganham força ao apresentar uma nova forma de se relacionar e fazer negócios. Divididas em nove categorias, elas oferecem soluções para o varejo dentro das áreas de operações, inteligência artificial, pagamentos, engajamento do consumidor, logística, internet das coisas, ambientes virtuais, sustentabilidade e e-commerce.

Ampliação de informações

Segundo a especialista em varejo Fabíola Paes, porta-voz da Neomode – parceira do estudo e que trabalha com soluções omnichannel a fim de melhorar a logística das empresas -, o Retail Tech Mining Report é importante uma vez que amplia e aprofunda as informações apresentadas ano passado no “Loja 4.0: Panorama das startups brasileiras do varejo – 2ª edição 2018”. “Podemos ver, por exemplo, que 94% das startups existentes foram criadas nos últimos oito anos e que o grande impulso no setor ocorreu em 2015, quando 19% das empresas mapeadas iniciaram as atividades”.
A Neomode, por exemplo, surgiu em 2016 e está entre as 19 startups que desenvolvem soluções pensando na área logística. Sua plataforma exclusiva de integração Omnichannel World Class conecta as vendas online com o estoque das lojas físicas e as transformam em verdadeiros minicentros de distribuição, capazes de atender novos pedidos de compras com o estoque local. Do grupo mapeado no Retail Tech, explica Fabíola, a maior concentração de startups está no ramo de operações, com 72 startups. “Depois aparecem engajamento com o consumidor (54) e e-commerce (39)”.
Fabíola acredita que embora já tenhamos um grande crescimento em inovação e uso da tecnologia no varejo brasileiro, ainda há muito a se fazer. “A transformação digital e a inovação partem de uma mudança de conceito, uma quebra de paradigmas, no acreditar que é possível fazer melhor e diferente do que se está acostumado. Vai da integração de canais ao bom uso da informação obtida por meio deste movimento, algo que realmente impacta a vida tanto de quem vende quanto de quem consome”, conclui.
(Por NoVarejo via Varejo ESPM )

Varejo deve crescer 3,64% em março

O varejo ampliado deve registrar crescimento de 3,64% em março na comparação com igual mês de 2018, conforme projeção do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (Ibevar). A previsão é de redução do ritmo nos meses seguintes, que devem ficar em 2,62% em abril e 1,25% em maio, de acordo com o estudo.
Ainda segundo o Ibevar, as vendas de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos devem ser um destaque no varejo brasileiro nos próximos meses. Para março, a expectativa é que essa categoria cresça 8,23% ante o mesmo mês de 2018, com crescimentos de 7,60% e 6% nos dois meses seguintes.
No setor de hipermercados e supermercados, a expectativa é de crescimento de 1,71% em março, seguida de uma expansão de 2,09% em abril e 1,15% em maio.
As expectativas para o setor de tecidos, vestuário e calçados são de leve alta nas vendas, conforme o Ibevar, de 0,51% em março ante igual mês de 2018. Em abril e maio, há ainda perspectiva de avanço 0,16% e 0,33%, respectivamente.
Já para o setor de móveis e eletroeletrônicos a previsão é de queda nas vendas, conforme o Ibevar, de 0,93% em março ante igual mês de 2018. Em abril e maio, há ainda perspectiva de queda de 1,02% e 1,80%, respectivamente.
(Por Mercado&Consumo via Varejo ESPM)

Amazon irá lançar nova rede de supermercados este ano

A Amazon está planejando abrir ainda este ano uma nova rede de supermercados, a fim de ampliar sua participação no varejo físico alimentar. O plano da gigante é abrir dezenas de lojas nas cidades de Los Angeles, San Francisco, Seattle, Washington e Filadélfia.
A companhia já tem duas empresas do setor: a rede Whole Foods, focada em produtos naturais e de pequenos produtores, que foi comprada por US$ 13,7 bilhões em 2017 por Jeff Bezos e a Amazon Go, cadeia de lojas autônomas de conveniência.
A intenção da Amazon por trás desta iniciativa é concorrer com o Walmart, que lidera o setor supermercadista nos Estados Unidos. A varejista deverá abrir a primeira loja de sua nova rede até o final de 2019, em Los Angeles. Também já foram fechados contratos para mais duas unidades que devem entrar em funcionamento no início de 2020.
A Amazon deseja que a nova marca não concorra com a Whole Foods. Para fortalecer a nova empresa, a varejista irá adquirir redes regionais de pelo menos 12 lojas, aproveitando operações de logística já estabelecidas.
(Por Mercado&Consumo via Varejo ESPM)

Varejo brasileiro cresce 4,7% em fevereiro

O varejo brasileiro mantém o ritmo de recuperação observado nos últimos meses com crescimento de 4,7% em fevereiro, comparado ao mesmo período do ano passado, de acordo com dados do índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), divulgado hoje (15/03).
O indicador já tem descontado a inflação que incide sobre os setores do varejo ampliado. Em termos nominais, que refletem a receita de vendas de fato observadas pelo varejista, o ICVA registrou alta de 8% na comparação com o ano anterior.
O resultado do mês foi impactado positivamente pelo calendário. O Carnaval, período em que as receitas de vendas são tradicionalmente menores, caiu em março, enquanto que em 2018 a data foi comemorada em fevereiro. Ajustando o ICVA deflacionado a esse efeito, o índice apontaria alta de 3,8%, leve aceleração em relação a janeiro. Pelo ICVA nominal, no mesmo conceito, o indicador apresentaria alta de 7,1% na comparação com o mesmo período de 2018, também apresentando leve aceleração.
“Mesmo descontando o benefício do calendário, o resultado do ICVA em fevereiro reforça a trajetória de recuperação no varejo. Um destaque positivo foi a aceleração no setor de Vestuário. Por outro lado, dentre as regiões, o Sudeste – particularmente o RJ – contribuiu negativamente para o resultado do mês”, comentou o diretor de Inteligência da Cielo, Gabriel Mariotto.
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apurado em fevereiro pelo IBGE, apontou alta de 3,89% no acumulado dos últimos 12 meses, com leve aceleração em relação ao número registrado em janeiro (3,78%). Os grupos de itens de Alimentação no domicílio e Artigos de residência tiveram aceleração, enquanto o bloco de Transportes caiu ainda mais, de 3,1% em janeiro para 2,0% em fevereiro.
A desaceleração foi puxada principalmente pelo item de Passagem Aérea – que teve a maior queda – saindo de 14,3% de alta para deflação de 1,6%. Ponderando o IPCA pelos setores e pesos do ICVA, a inflação no varejo ampliado em fevereiro ficou em 3,1%, tendo uma estabilização em relação a janeiro (3,2%).
Setores
O bloco de Bens não Duráveis foi o único que apresentou desaceleração na passagem de janeiro para fevereiro, considerando o índice com ajustes de calendário. O desempenho do bloco foi puxado pelos setores de Drogarias/Farmácias e Supermercados e Hipermercados – que apresentaram alta de preços no mês.
O grupo de setores de Bens Duráveis e Semiduráveis apresentou aceleração na passagem mensal, influenciado pelas acelerações de setores como Vestuário e Móveis, Eletro e Lojas de Departamento. Já o bloco de setores de Serviços foi o que apresentou maior aceleração de janeiro para fevereiro, puxado principalmente por Alimentação em Bares e Restaurantes e Turismo e Transporte – este influenciado pela queda de preços experimentada no setor em fevereiro.
Regiões
Todas as regiões brasileiras apresentaram aceleração na passagem mensal, segundo o ICVA deflacionado com ajuste de calendário. A única exceção foi a região Nordeste, que apresentou certa estabilidade no período.
Pelo ICVA deflacionado sem ajustes de calendário, comparando com o mesmo período do ano anterior, o varejo ampliado na região Norte apresentou alta de 10%, seguido pelas regiões Centro-Oeste e Sul com 7,3% e 6,3% respectivamente. A região Nordeste fechou com alta de 5,9% e o Sudeste subiu 2,8%. “A região Sudeste foi impactada negativamente em decorrência das fortes chuvas – principalmente no estado do Rio de Janeiro – que fizeram diminuir o ritmo de vendas no estado”, explicou Mariotto.
Pelo ICVA nominal – que não considera o desconto da inflação – o destaque também foi a região Norte, que registrou alta de 11,8% em fevereiro. Em seguida, temos as regiões Centro-Oeste e Nordeste, ambas com crescimento de 9,9% no período. Por último, temos as regiões Sul e Sudeste, que apresentaram crescimentos de 8,6% e 6,9%, respectivamente.
(Por SuperVarejo via ESPM Varejo)

Com marcas desatualizadas, a Kraft Heinz perdeu bilhões. E agora?

Em fevereiro de 2017, a Kraft Heinz atravessou o Oceano Atlântico com uma audaciosa oferta de US$ 143 bilhões pela Unilever, uma gigante sonolenta que, segundo argumentava a Kraft, poderia ser estimulada com uma boa dose de corte dos custos e uma poda do portfólio.
Embora a proposta não solicitada tenha sido rapidamente descartada diante da forte oposição do alvo, ela deixou a Unilever devidamente agitada, e a empresa passou a empreender uma reformulação, eliminando ativos de baixo desempenho e aprimorando seu foco no valor para os acionistas.
Dois anos depois, o jogo virou. Na quinta-feira, a Kraft Heinz realizou uma baixa contábil de US$ 15,4 bilhões, admitindo de modo impressionante que algumas de suas marcas mais famosas não conseguiram acompanhar o ritmo das mudanças nas preferências dos consumidores. Em contrapartida, a Unilever e seus pares europeus Nestlé e Danone já tomaram medidas para evitar um destino semelhante, concentrando-se em novas marcas de nicho e alternativas mais saudáveis ao açúcar, à carne e aos alimentos embalados.

Alimentos com propósito

A suíça Nestlé, por exemplo, abandonou o negócio de confeitaria nos EUA e, na semana passada, colocou à venda sua unidade de frios Herta. A Unilever está empenhada em desenvolver o que chama de marcas “com propósito”, que promovem a saúde e protegem o meio ambiente, como uma nova linha de sorvetes com sabores pós-modernos como chai com açafrão-da-terra e canela, enquanto vende ativos problemáticos, como as unidades de margarina e pastinhas de untar. A Danone fez uma grande aposta no iogurte vegano com a aquisição da WhiteWave Foods, por US$ 10 bilhões, há alguns anos.
Embora ainda haja muito chocolate e lanches gordurosos por aí, as grandes empresas de alimentos na Europa adotaram como missão fundamental adaptar-se aos consumidores que gostam de couve e vitaminas e que evitam comidas gordurosas, salgadas, açucaradas ou que já não sejam condizentes com seus valores éticos e de saúde. Esta é uma lição dolorosa para a Kraft Heinz, que perdeu mais de 20 por cento de seu valor de mercado depois que os investidores puniram brutalmente as ações.
“A Kraft Heinz tinha um modelo muito aquisitivo e precisava alimentá-lo”, disse Duncan Fox, analista da Bloomberg Intelligence. “Mas eles têm sido lentos na inovação, apostaram nas tendências erradas e ficaram por fora de tudo.”

Corte de custos

Durante anos, a Kraft Heinz construiu uma máquina formidável confiando no que faz de melhor: eliminar custos indiretos, muitas vezes em ativos que ela engoliu. Formada em uma fusão orquestrada em 2015 pela Berkshire Hathaway, de Warren Buffett, e pela empresa de private equity 3G Capital, sua carteira controladora inclui participações na cervejaria Anheuser-Busch InBev, que também teve problemas para encontrar bolsões de crescimento e reduziu seu pagamento para os investidores no ano passado.
Ao longo do processo de eliminação de custos da Kraft Heinz, algo se perdeu – as marcas começaram a parecer desatualizadas ou desconectadas das tendências de consumo, do queijo processado às carnes e bebidas açucaradas. Embora a empresa recentemente tenha tomado algumas medidas para seguir o ritmo das marcas preocupadas com a saúde, como a compra da fabricante de ketchup orgânico Primal Kitchen por US$ 200 milhões, a grande baixa contábil que provocou uma perda igualmente grande mostrou que essas iniciativas foram insuficientes e chegaram tarde demais.
“Os problemas que a Kraft Heinz está enfrentando são específicos da empresa, porque a companhia implementou o modelo de orçamento com base zero durante vários anos, que é usado sistematicamente pela 3G”, escreveu Alain Oberhuber, analista do MainFirst Bank, em uma nota, na que afirmou que o portfólio de produtos é “medíocre em comparação com o de seus pares”.
Por Exame – Carol Matlack e Corinne Gretler, da Bloomberg via Varejo ESPM

Raia Drogasil compra Onofre e cria gigante de farmácias

A rede de farmácias Raia Drogasil anunciou no fim da tarde desta terça-feira que comprou a rede de farmácias Onofre, controlada pela americana CVS no Brasil.
As conversas entre as duas companhias começaram poucos dias antes do Natal, segundo o jornal O Estado de S. Paulo. A CVS chegou a oferecer a rede para companhias brasileiras. No pregão desta terça-feira, as ações da Raia Drogasil subiram 3,3% na B3.
O negócio uniu a maior rede de farmácias do país a uma companhia focada em São Paulo, que vinha investindo pesado na operação online nos últimos anos.
Com 50 unidades, sendo 47 em São Paulo, a Onofre era a primeira investida da CVS fora dos Estados Unidos. A gigante americana faturou cerca de 200 bilhões de dólares no ano passado. A Onofre foi comprada pela CVS em 2013, por cerca de 700 milhões de reais. Mas a empresa ficou pequena para o tamanho dos desafios no mercado brasileiro.
Fundada em 1934 no Rio de Janeiro, a Onofre foi administrada pela família fundadora, a Arede, até a venda. Sob comando americano, enquanto as concorrentes disputavam os bons pontos disponíveis para abrir centenas de lojas, a Onofre passou por uma reestruturação nos últimos anos. Revisou processos, trocou equipe, mudou o interior e a marca das lojas e reforçou seu foco em vendas online e oferta de serviços — nos EUA, as unidades da CVS aplicam até vacinas. Em 2018, metade das vendas da varejista passaram a vir da internet.
A compra foi cercada por polêmicas. A CVS a questionou o valor do acordo, de 670 milhões de reais por 80% da rede. Quando algumas parcelas deixaram de ser pagas, em 2016, a família Arede entrou com um processo de arbitragem na Câmara de Comércio Brasil–Canadá contra a CVS. A Onofre nunca confirmou a arbitragem.
Enquanto isso, o mercado de farmácia crescia alucinadamente, puxado pela Raia Drogasil. De 2012 para cá, as receitas do setor aumentaram 62%. A Raia Drogasil passou de 864 para 1.825 lojas no período, e viu suas receitas passarem de 6 para 15,5 bilhões de reais em 2018, alta de 12%. O lucro no ano passado foi de 548,6 milhões de reais, crescimento de 7%. A participação de mercado da Raia Drogasil é de 12,9%. A segunda colocada do setor é a Pacheco São Paulo, que dobrou de tamanho em cinco anos, para 10 bilhões de reais.
A Raia Drogasil nasceu em 2011, com a união de duas das mais tradicionais redes de farmácias do país. Apesar do gigantismo, tem o desafio de se manter na dianteira. Para isso, aposta em formas de alcançar a classe C. Em São Paulo, o público de classe A e B já tem uma drogaria do grupo a cerca de 2 km de distância de casa. Para atender a classe C, precisa de uma operação mais enxuta que permita competir em preço com outras redes.
No final do ano passado, em comunicado a investidores, ressaltou que seu principal desafio estava na concorrência de pequenas farmácias de bairro, localizadas especialmente em regiões de baixa renda. Essas unidades têm se organizado em associações que permitem maior poder de barganha nas negociação com fornecedores, o que se tornou um problema para a gigante do setor.
A companhia também tem olhado para o e-commerce, o que deve ser impulsionado com a compra da Onofre. Para isso, a proximidade com o público mais abastado é vista como um trunfo, já que um dos maiores gargalos da venda na internet é a última milha da entrega ao consumidor, nicho em que a Onofre é considerada referência.
“A aquisição é uma grande oportunidade para a Raia Drogasil ganhar agilidade e velocidade no online, área que a Onofre desenvolveu muito bem nos últimos quatro anos, e se manter competitiva em uma praça importante e concorrida como São Paulo”, diz Alexandre Van Beeck, sócio-diretor da GS&Consult, empresa de consultoria com foco em varejo.
Na opinião de Van Beeck, apesar de a saturação do mercado de farmácias ser um tema de constante discussão na indústria, as redes têm uma oportunidade de mudar o conceito das lojas e transformá-las em micro centros de distribuição, por exemplo, algo que a Onofre já começou a fazer para ganhar agilidade na operação digital. “É prematuro e superficial afirmar que o mercado está saturado de farmácias porque a função da loja está passando por mudanças”, diz Van Beeck.
Por Exame – via Varejo ESPM

Nestlé vai vender cápsulas de café com a marca Starbucks em supermercados

A Nestlé vai vender cápsulas de café com a marca Starbucks em supermercados e lojas virtuais de diferentes varejistas.

Os itens serão disponibilizados em mercados da Ásia, Europa, América Latina, Oriente Médio e nos Estados Unidos.
O Brasil começará a receber os produtos já nas próximas duas semanas.
Segundo a companhia, as novas cápsulas foram feitas para serem totalmente compatíveis com equipamentos de suas marcas Nespresso e Nescafé Dolce Gusto.
No ano passado, a Nestlé e o Starbucks fecharam um acordo de US$ 7,15 bilhões que deu à primeira direito de vender produtos com a marca da cafeteria. O acordo não envolve a rede de lojas da Starbucks nem bebidas prontas para o consumo.
O lançamento permitirá maior competitividade para os cafés encapsulados da Nestlé, que passaram a disputar mercado com itens de outras marcas disponíveis nas prateleiras dos supermercados desde que patentes de sua tecnologia começaram a cair.
Diferentemente das cápsulas do Starbucks, os produtos da Nespresso não são vendidos em lojas convencionais —a marca possui rede própria de distribuição e loja virtual.
Em conferência com jornalistas, Patrice Bula, vice-presidente executivo da Nestlé e presidente da Nespresso, diz que as cápsulas da Starbucks formarão uma marca premium de café, sendo vendidas com preços próximos aos das cápsulas da nespresso.
Bula não descarta o risco de que consumidores que compram Nespresso migrem para a nova marca, mas diz acreditar que as duas possuem públicos diferentes e podem crescer juntas.
Segundo ele, enquanto a marca da Starbucks estaria mais associada aos Estados Unidos, a juventude e à inovação, a Nespresso traria um estilo europeu clássico.
“Há algum elemento de canibalização, mas continuaremos inovando com a Nespresso para manter a marca única.”
O executivo não informou expectativas de vendas com o lançamento, mas disse que o projeto é ambicioso e central para as vendas de café da Nestlé.
No total serão lançados 24 novos produtos, incluindo uma linha de grãos inteiros, grãos torrados e moídos. Entre eles estão cápsulas de sabores vendidos pelo Starbucks, bem como como Caramel Macchiato e Cappuccino.
A companhia informa que os itens serão feitos a partir de café da variedade arábica, proveniente de cultivos sustentáveis das principais regiões produtoras do mundo. Grãos brasileiros não serão usados neste momento.

 
(Por Folha de S.Paulo – Filipe Oliveira) Via Varejo ESPM

As 10 maiores varejistas do mundo, segundo a Deloitte

As 250 maiores varejistas globais geraram receitas agregadas de 4,53 trilhões de dólares, o que equivale a mais que o dobro do PIB brasileiro, que fechou 2017 em 2,05 trilhões de dólares. As receitas desses varejistas apresentaram um crescimento composto de 5,7% em relação ao ano anterior. A pesquisa Global Powers of Retailing, da Deloitte, compreende o ano fiscal de junho de 2017 a junho de 2018.
O ranking coloca empresas dos Estados Unidos nas quatro primeiras posições, com a liderança sendo ocupada mais uma vez pelo WalMart, que fatura 500 milhões de dólares por ano, quatro vezes mais que a segunda colocada, a Costco. Kroger (3ª) e Amazon (4ª) fecham o grupo que puxam as primeiras posição. A alemã Schwarz fecha o Top5.
Reynaldo Saad, sócio-líder da indústria de Consumer da Deloitte, aponta que a disputa entre países no ranking de maiores varejistas manteve sua lógica dos últimos anos, com predomínio das americanas e manutenção do ritmo de ascensão das chinesas. “Os demais países continuaram a ter sua participação mais o menos igual no ranking. Alguma coisa maior aconteceu no Oriente Médio e no Leste da Ásia”, aponta. O Brasil colocou três empresas entre as 250 maiores.
Segundo a pesquisa, a margem de lucro líquido média das empresas do ranking é de 2,3%, uma preocupação sempre latente no varejo, que precisa se virar sempre dentro de margens apertadas de retorno. A varejista de utensílios domésticos e itens para construção Home Depot é a que mais se destacou no TOP 10 quando o assunto é margem de lucro, com 8.6% de retorno, quase quatro vezes maior que a média.
O Walmart, apesar da sua hegemonia, tem apresentado crescimento da receita de apenas 1,3% ao ano na média dos últimos cinco anos avaliados (2012 a 2017). A Amazon, sua principal rival na construção do varejo omnichannel, cresceu 18% no período. Só na passagem de 2017 para 2018, a empresa de Jeff Bezos cresceu mais de 25%, enquanto o Walmart conseguiu 3%.
No varejo farmacêutico, a luta é intensa entre a Walgreens e a CVS. A Walgreens fechou o ano fiscal com crescimento de 2,1% e receita de 99 milhões de dólares, enquanto a CVS, duas posições depois, teve receita de 79 milhões, mas sofreu com uma redução dos resultados em relação ao ano anterior, com decréscimo de 2,1%. Foi a única Top 10 com resultado negativo.
Confira os resultados das dez maiores varejistas do mundo:

1. Wal-Mart (EUA) – departamento

Receita: 500 milhões de dólares
Crescimento anual: 3%
Margem líquida de lucro: 2,1%
Retorno em ativos: 5,1%
Crescimento médio da receita de 2012 a 2017: 1,3%
Número de países onde opera: 29
Participação estrangeira na receita: 23,9%
 

2. Costco (EUA) – departamento

Receita: 129 milhões de dólares
Crescimento anual: 8,7%
Margem líquida de lucro: 2,1%
Retorno em ativos: 7,5%
Crescimento médio da receita de 2012 a 2017: 5.4%
Número de países onde opera: 12
Participação estrangeira na receita: 27.2%
 

3. Kroger (EUA) – alimento

Receita: 118,982 milhões de dólares
Crescimento anual: 3.2%
Margem líquida de lucro: 1.5%
Retorno em ativos: 5.1%
Crescimento médio da receita de 2012 a 2017: 4.2%
Número de países onde opera: 1
Participação estrangeira na receita: 0%
 

4. Amazon (EUA) – departamento

Receita: 118,573
Crescimento anual: 25.3%
Margem líquida de lucro: 1.7%
Retorno em ativos: 2.3%
Crescimento médio da receita de 2012 a 2017: 18.0%
Número de países onde opera: 14
Participação estrangeira na receita: 36.8%
 

5. Schwarz (Alemanha) – departamento

Receita: 111,766
Crescimento anual: 7.4%
Margem líquida de lucro: indisponível
Retorno em ativos: indisponível
Crescimento médio da receita de 2012 a 2017: 7.5%
Número de países onde opera: 30
Participação estrangeira na receita: 58.9%
 

6. Home Depot (EUA)  – casa e construção

Receita: 100,904
Crescimento anual: 6.7%
Margem líquida de lucro: 8.6%
Retorno em ativos: 19.4%
Crescimento médio da receita de 2012 a 2017: 6.2%
Número de países onde opera: 4
Participação estrangeira na receita: 8.4%
 

7. Walgreens (EUA) – farmácia

Receita: 99,115
Crescimento anual: 2.1%
Margem líquida de lucro: 3.5%
Retorno em ativos: 6.2%
Crescimento médio da receita de 2012 a 2017: 6.7%
Número de países onde opera: 10
Participação estrangeira na receita: 11.9%
 

8. Aldi Einkauf (Alemanha) – alimento

Receita: 98,287 estimada
Crescimento anual: 7.7%
Margem líquida de lucro: indisponível
Retorno em ativos: indisponível
Crescimento médio da receita de 2012 a 2017: 7.2%
Número de países onde opera: 18
Participação estrangeira na receita: 65.1%
 

9. CVS Health (EUA) – farmácia

Receita: 79,398
Crescimento anual: -2.1%
Margem líquida de lucro: indisponível
Retorno em ativos: indisponível
Crescimento médio da receita de 2012 a 2017: 4.5%
Número de países onde opera: 3
Participação estrangeira na receita: 0.8%
 

10. Tesco (Reino Unido) – alimento

Receita: 73,961
Crescimento anual: 2.8%
Margem líquida de lucro: 1.5%
Retorno em ativos: 1.9%
Crescimento médio da receita de 2012 a 2017: -2.4%
Número de países onde opera: 8
Participação estrangeira na receita: 20.7%
(Por NoVarejo – Raphael Coraccini) – Via Varejo ESPM

DEFINA SUAS ESTRATÉGIAS E KPIS

Inteligência é tudo em Trade Marketing – Parte 01.
Nos dias atuais, as grandes empresas trabalham com um plano estratégico para curto e longo prazo, afim de atingir objetivos específicos. É preciso ter objetivos claros e concisos para que estes planos sejam realmente efetivos. Para transformar o custo em investimento é necessário ter um planejamento inteligente e definir uma boa estratégia com metas relevantes e atingíveis.
Utilizar a inteligência para definir uma boa estratégia significa analisar a fundo o negócio de nosso cliente para entender o mercado em que ele se encontra e suas expectativas e anseios em relação ao ponto de venda. Sem deixar de pensar no target que será trabalhado e tudo que pode envolve-lo, como seus hábitos e preferências de compra.
Para garantir o sucesso da estratégia criada é imprescindível o uso de KPIs.
Você deve estar se perguntando: Mas o que é KPI?
KPI, do inglês Key Performance Indicator (em tradução livre indicador-chave de performance), é como se fosse uma “bussola” para os negócios.
O KPI, se bem estabelecido, servirá para que a empresa, ou determinadas estratégias, cresçam através de metas bem definidas.
Os indicadores de desempenho servem para muitos propósitos, como por exemplo: verificar o sucesso de uma campanha de vendas, saber sobre a qualidade do atendimento aos clientes ou o tempo de resposta de uma SAC.
Agora que temos um conceito definido, precisamos também, ter em mente a importância destes indicadores.
Por um momento imagine-se fazendo uma caminhada em uma floresta que não conhece bem. Aqui, uma bussola seria fundamental para encontrar seu caminho de saída. Assim são os KPIs, uma bussola que indica se o planejamento e a execução estão no caminho certo.
Não contar com a gestão de informações de KPIs em um plano de negócio é correr um risco enorme de ser surpreendido por resultados ruins ou abaixo do esperado.
Mas e então? Como definir KPIs corretos para meu negócio?
Este processo não é muito difícil, mas sim delicado e merece muito de nossa atenção. Abaixo listamos algumas dicas para alavancar e dar rumo ao seu negócio:

  • Mantenha em sua mente que é preciso ter objetivos claros a serem atingidos;
  • Considere KPIs mensuráveis e atingíveis;
  • Não seja excessivo na quantidade de KPIs. Isto pode ser difícil de mensurar e atingir;
  • Estabeleça KPIs relevantes, ou seja, que tragam dados ou benefícios reais para seu negócio;
  • Seja temporal. Defina prazos e validade para seus KPIs, afim de analisar, tomar decisões e criar novas estratégias.

Após definir os KPIs corretos, é fundamental o acompanhamento dos mesmos. Certifique-se de que os KPIs estejam alinhados com suas funções, com as preocupações de seu cliente e com os objetivos da empresa. Esse acompanhamento deve estar presente em sua rotina, para que diariamente você consiga avançar mais um passo rumo ao sucesso de suas metas.
Importante!
Vale ressaltar os KPIs devem ser personalizados para cada cliente, projeto e rede de atuação. Para atender, de forma estratégica e direcionada, as prioridades do projeto e garantir o sucesso do mesmo.
Dessa forma, nós utilizamos a combinação de Inteligência, Estratégia e KPIs, para trabalhar o ideal de Processo Integrado, envolvendo:
Diagnóstico
Para maior entendimento do negócio do cliente e seus objetivos. Para entender as marcas, categorias, shoppers e canais. E para realizar pesquisas sob medida. Criando assim diretrizes para o planejamento.
Planejamento
Definir de forma detalhada as estratégias e o plano de ação. Definir também o nível de serviço necessário. Além de criar estratégias e critérios para alocação de equipe e, por fim, definir os indicadores (KPIS) do projeto.
Execução
Realizar monitoramento e auditoria da execução. Realizar também coleta de dados do projeto e coletas sazonais.
Avaliação
Consolidação dos dados, análises e diagnósticos, geração de insights, e recomendação do plano de ação.
A partir desses processos, trabalhados de forma integrada, podemos caminhar com o projeto para as táticas operacionais. Colocando em prática tudo o que foi alinhado e estruturado para a realização do projeto.
Para que isso aconteça de fato, algumas fases são envolvidas, são elas: Segmentação, Setorização, Roteirização dos PDVs, Definição de Perfil da Equipe e Nível de Serviço. Nós utilizamos algumas ferramentas que se adequam, especificamente, a cada fase.
Esteja Atento!
O projeto já foi pensado e estruturado de forma estratégica e com metas relevantes e atingíveis, agora é hora de colocar a mão na massa.
Nossa próxima publicação trará o detalhamento de cada fase das táticas operacionais. Vamos apresentar o passo a passo de como sua estratégia deve ser colocada em prática para que você consiga atingir seus objetivos de negócio.
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Cresce participação do consumo infantil no varejo alimentar

Parece que os pais estão resistindo menos ao apelo dos filhos na hora de fazer a compra do mês, incluindo no carrinho os itens que os pequenos gostam. Crianças de até 12 anos foram responsáveis por 3,2 bilhões de ocasiões de consumo na Grande São Paulo nos 12 meses terminados em junho de 2018. De todos os momentos de consumo realizados no lar (café da manhã, almoço, jantar, lanches entre as refeições, ceia), a faixa etária responde por 17,4% deles.
No mesmo período de 2017, o índice era de 16,9%, um crescimento de 0,5 ponto percentual. Os números são do painel Usage Foods & Beverages, elaborado pela Kantar Worldpanel. Hoje, quase 17% da população da Grande São Paulo é de crianças de até 12 anos.

Aumento dos lácteos

As crianças nessa faixa etária têm ocupado um papel especial na retomada do crescimento de alguns itens específicos, como iogurtes. Esses consumidores optam pelo produto no café da manhã (28,7%) e no lanche da tarde (37,8%). A categoria de refrigerados lácteos está presente em mais de 163 milhões de ocasiões de consumo das crianças, quase 60% da categoria está concentrada em indivíduos de até 12 anos.
Com cerca de 21 milhões de indivíduos, a Grande São Paulo apresenta a maior penetração de produtos refrigerados lácteos do país, estando na geladeira de 97,6% dos domicílios em um ano.  Seus principais consumidores são shoppers de até 29 anos e entre 40 e 49 anos, sendo que 45% do volume é comprado pelas classes mais altas –  A/B (45,3%) e C (48%). Já a DE responde por apenas 6,7.

Valor agregado

Os dados apurados apontam ainda que produtos de maior valor agregado e com atributos como praticidade, conveniência e sabor estão cada vez mais dentro dos lares com pequenos, como petit suisse, leite fermentado, bolo pronto, leite em pó e cream cheese.
“Lares com crianças possuem uma alimentação específica, com produtos que se adaptam a cada ocasião. Vemos escolhas sendo feitas, com alguns itens sendo priorizados e outros saindo da cesta. É essencial entender os atributos e os benefícios que direcionam essas escolhas”, afirma Giovanna Fischer, Diretora de Marketing e Consumer Insights da Kantar Worldpanel.
Algumas categorias maduras como biscoitos, maionese e sucos prontos perderam espaço nos domicílios com crianças no período analisado, enquanto que iogurtes e sobremesas prontas permaneceram com os níveis de penetração estáveis.