Vendas do varejo paulistano crescem 6,1% em maio

O movimento de vendas do varejo paulistano cresceu em média 6,1% em maio na comparação com o mesmo mês do ano passado, informa o Balanço de Vendas da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). As transações a prazo aumentaram 6,7%, enquanto as comercializações à vista avançaram 5,4%.
“O resultado parece animador, mas é circunstancial em função do efeito-calendário (um dia útil a mais em maio de 2019) e da greve dos caminhoneiros em maio do ano passado, que criou uma base de comparação fraca”, comenta Marcel Solimeo, economista da ACSP.
Ainda segundo o Balanço da ACSP, de janeiro a maio de 2019 o movimento de vendas do comércio de SP avançou 2,6%. “Esse dado dos cinco primeiros meses do ano acompanha a evolução da massa salarial e a cautela do consumidor, que aguarda alguma recuperação do emprego para, então, voltar a comprar”, afirma Solimeo.
O sistema a prazo (1,2%) foi pior do que o sistema à vista (4%); o primeiro reflete o receio do consumidor de se comprometer com dívidas, ao passo que o segundo envolve produtos mais básicos e necessários para o dia a dia.
(Por NoVarejo via Varejo ESPM)

Estoques estão adequados para 59,5% dos empresários do comércio

Apesar da estabilidade do Índice de Estoques (IE) em março – 119,5 pontos, ante os 119,2 pontos de fevereiro, leve alta de 0,2% e elevação anual de 5,4% –, a proporção de empresários do comércio que consideraram seus estoques adequados atingiu 59,5%, 0,1 ponto porcentual (p.p.) a mais em relação ao mês anterior, praticamente a mesma da média histórica pré-crise econômica (60%).
Os dados são levantados pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e captam a percepção dos varejistas sobre o volume de mercadorias estocadas nas lojas, variando de zero (inadequação total) a 200 pontos (adequação total). A marca dos cem pontos é o limite entre inadequação e adequação.
A proporção dos empresários que declararam ter excesso de mercadorias passou de 26,9% em fevereiro para 27,4% em março, leve alta de 0.5 ponto porcentual. Já os que consideram ter estoques baixos caiu 0,7 ponto porcentual: 12,7%, ante os 13,3% de fevereiro, o que manteve a estabilidade do índice geral no mês. Para a Entidade, as negociações durante o período de Natal obtiveram bons resultados, possibilitando equilíbrio do número de mercadorias para este início de ano.
Segundo a FecomercioSP, apesar da estabilidade, o desempenho de março foi positivo em virtude da sequência na queda da média de estoques acima do desejado, tanto na comparação mensal quanto na anual. A Federação reforça que estoques excedentes podem ser mais custosos aos empresários do que os inadequados abaixo. Apesar da logística brasileira estar longe do ideal, é possível acelerar os pedidos para reposição dos produtos, caso aumente a demanda. A recomendação da Entidade é que os comerciantes se mantenham cuidadosos nos pedidos junto aos fornecedores.
A FecomercioSP ressalta que os comerciantes conseguiram manter o fluxo de caixa nesses primeiros meses e devem dar continuidade a essa a boa gestão ao longo de 2019. A expectativa para o primeiro semestre ainda é de estabilidade, sem grandes avanços, pois houve queda na confiança do consumidor. Além disso, o mercado estará atendo às articulações políticas e aguarda o andamento, seguido da aprovação, das principais reformas, como a Previdenciária.

Nota metodológica

O Índice de Estoques (IE) é apurado mensalmente pela FecomercioSP desde junho de 2011 com dados de cerca de 600 empresários do comércio no município de São Paulo. O indicador vai de zero a 200 pontos, representando, respectivamente, inadequação total e adequação total. Em análise interna dos números do índice, é possível identificar a percepção dos pesquisados relacionada à inadequação de estoques para “acima” (quando há a sensação de excesso de mercadorias) e para “abaixo” (em casos de os empresários avaliarem falta de itens disponíveis para suprir a demanda em curto prazo). A pesquisa é referente ao município de São Paulo, mas sua base amostral reflete o cenário da região metropolitana.
(Por NoVarejo via Varejo ESPM)

Varejo paulista deve fechar 2018 com o melhor desempenho dos últimos 5

O varejo deverá encerrar 2018 com o crescimento de 5% em 2018, o que significa uma expectativa de faturamento de R$ 682,7 bilhões, R$ 34 bilhões acima do registrado no ano passado. Só no natal, o faturamento deve ultrapassar os R$ 70 bilhões no Estado, o melhor resultado para o período desde 2008. Os números são da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
A FecomercioSP classifica o varejo em nove atividades. Todas elas devem apresentar alta em relação ao ano passado. O segmento de supermercados fechará 2018 com o maior crescimento, 33,2%.
Apesar do desempenho dos supermercados, os segmentos ligados ao comércio de bens duráveis foram, no conjunto, os principais responsáveis pela taxa de expansão do varejo. O setor registrou crescimento 60% superior às atividades de bens semiduráveis e não duráveis. Lojas de eletrodomésticos e eletrônicos foram destaque, com crescimento que deve bater 11% ao final do ano.
A federação aponta ainda a recuperação das vendas depois dos maus resultados de 2014 a 2016. A última queda mensal, segundo a FecomercioSP, registrada pelo varejo paulista foi em outubro de 2016, “o que evidencia a consolidação da trajetória de crescimento”, diz a entidade em comunicado.
A entidade destaca ainda que, todos os meses de 2018 registraram expansão “expressiva” do seu faturamento real em comparação aos mesmos períodos do ano anterior, “indicando que o processo permanece em curso e com tendência de prosseguir nesse ritmo pelos próximos meses”.
Até setembro, a expansão de vendas no varejo ficou acima de 5%. O crescimento é comemorado ainda mais pela entidade pelo fato de que, nesse período em 2017, o avanço já havia sido significativo: 4,2%.
Regiões
As regiões de Campinas e Osasco, as duas maiores economias do Estado depois da capital, são as que apresentarão melhor desempenho na comparação com 2017. Segundo as projeções da FecomercioSP, o varejo da região campineira deve encerrar o ano com alta de 11% no faturamento e total de R$ 62,2 bilhões. Em Osasco e região, as vendas devem registrar aumento de 7% e faturamento real de R$ 57,3 bilhões.
Presidente Prudente e ABCD fecharão o ano com os piores resultados para o Estado. O comércio varejista na região de Presidente Prudente deve apresentar leve alta de 2%, com faturamento real estimado de R$ 9,6 bilhões. Já o varejo na região do ABCD deve registrar aumento de 3% em 2018 e faturamento real de R$ 38 bilhões.
Confira os resultados esperados para cada região do Estado:

(Por NoVarejo – Raphael Coraccini – Via Verejo ESPM)