Reconhecimento facial compara dados do varejo com fotos no Facebook

O varejo pode identificar quem é o consumidor que acabou de entrar na sua loja física casando informações do seu banco de dados com o de redes sociais como Facebook e LinkedIn por meio de um novo sistema de reconhecimento facial. A nova solução, desenvolvida pela Cognizant, empresa mundial de tecnologia da informação que atua no Brasil, procura otimizar a relação entre varejo e consumidor no ponto de venda físico.
O Face Recognition pode ser utilizado em programas de fidelidade e recompensas. A solução é capaz de identificar quando um cliente fiel entra em uma loja física. É possível reconhecê-lo e se relacionar tanto no ambiente físico quanto por meio das redes sociais para comunicar promoções e oferta de descontos personalizados nos diferentes canais de venda e relacionamento.
Traços sutis e humor
A tecnologia é capaz de detectar também o humor das pessoas e suas emoções, o que pode ajudar o varejista a oferecer o atendimento correto de acordo com o estado de espírito da pessoa. Além disso, a tecnologia estima a idade e verifica características como tom da pele, do cabelo e dos olhos.
A solução funciona em nuvem junto com a plataforma Azure ou AWS. Ela combina cognitive cloud (nuvem) e inteligência artificial para reconhecer pessoas. O processo é feito comparando as fotos cadastradas em bases públicas, como Facebook, Google e LinkedIn, ou em bancos de dados corporativos, como os perfis cadastrados em programas de recompensas e banco de dados do varejista.
Outras utilidades
Além de atender o comércio, a solução também é voltada para os setores financeiro e de segurança. No caso dos bancos, ela permite rápida detecção de fraudes na abertura de contas digitais, pois, ao criar a conta, é possível comparar a imagem com as do banco de dados dos clientes atuais e de tentativas de cadastro com outros nomes.
No setor de segurança, o Face Recognition faz a comparação de imagens de bancos de dados de foragidos com as das pessoas que estão transitando em locais públicos aeroportos e pontos públicos.
Por NoVarejo – Raphael Coraccini – Via ESPM Varejo

Os impactos da Internet das Coisas no varejo físico

Há pouco tempo não era raro encontrar varejistas que dispensavam os recursos tecnológicos e apostavam em seu “faro” nos negócios. Afinal, realmente era difícil obter dados confiáveis sobre o público-alvo, a concorrência e o próprio setor para embasar a tomada de decisão. Isso perpetuou a figura do dono ou do gerente “sabe tudo” mesmo em grandes lojas e redes. Entretanto, esta situação está mudando e, hoje, esses empresários podem contar com informações essenciais graças à evolução do conceito de Internet das Coisas (IoT).
O mercado de soluções IoT destinado ao varejo está expandindo de forma exponencial em todo o mundo. O setor deve movimentar US$ 94,44 bilhões até 2025, com um crescimento médio anual de 21,5% durante este período, de acordo com levantamento da Grand View Research. Já uma previsão da Gartner aponta que em 2020 existirão 20 bilhões de objetos conectados à Internet, criando uma verdadeira “infovia” de dados nas mais diferentes áreas de atuação humana.
No caso específico do varejo tradicional, já há uma série de recursos que fornecem informações relevantes e auxiliam os profissionais a terem uma visão mais detalhada do negócio. O mais importante deles é o que permite reconhecer e identificar o comportamento de seus clientes. Dispositivos IoT conseguem captar dados sobre o fluxo de visitantes, por exemplo, e transformá-los em indicadores relevantes nas áreas de Administração, Comercial, Marketing e RH. Abre-se um novo mundo para os empresários, que podem combinar essas diferentes informações para melhorar a tomada de decisão.
A evolução dos processos tecnológicos já é uma realidade em diferentes segmentos e consolidou a transformação digital. Logo, o varejista também não pode ficar de fora dessa questão e precisa, o quanto antes, investir em um modelo de negócio que seja inspirado em dados e informações coletadas por meio da Internet das Coisas. Se no e-commerce todos os processos são mensurados, analisados e testados, o comércio físico caminha para a mesma situação, permitindo aos envolvidos melhorar a produtividade e eficiência do negócio.
Dessa forma, o varejo dará o seu passo mais importante com ações voltadas para o conceito de omnichannel. Ou seja, a integração de todos os canais de venda de uma empresa, respeitando a jornada de compra do consumidor e identificando as melhores oportunidades para impactá-lo. Não se trata mais de ter uma estratégia online e outra off-line. Agora, a busca é justamente pela unificação do digital: dados coletados em diferentes recursos que se convergem com o objetivo de estimular novos negócios. Um levantamento da Deloitte mostrou que o digital influenciou US$ 1,7 trilhão nas vendas off-line em todo o mundo.
O varejista pode se recusar e até tentar administrar seu negócio sem a ajuda da Internet das Coisas. Entretanto, sem a ajuda dos dados, é praticamente impossível se destacar da concorrência em um cenário de intensa competitividade. Nenhuma decisão ou estratégia pode ser definida sem estar ancorada em relatórios precisos sobre os mais diversos pontos de uma loja. Na era dos objetos conectados e inteligentes, você também precisa demonstrar inteligência e aceitar que a Internet das Coisas vai dominar, cada vez mais, o varejo nacional.
Por NoVarejo   via Varejo ESPM