Walmart Canadá apresenta novo conceito de loja omnichannel

Os conceitos de alimentação, comércio eletrônico e store-in-store ocupam o centro do novo formato de loja do Walmart Canadá. A primeira unidade com o formato foi inaugurada no bairro de Stockyards, em Toronto, e combina uma experiência omnichannel com ofertas aprimoradas de mercearia e foodservice, lojas licenciadas de terceiros, um novo serviço de checkout rápido chamado Fast Lane, um sortimento atualizado de produtos e um design de loja e layout voltado para os consumidores urbanos.
“Com o novo conceito, continuamos a nos posicionar como líderes em design de lojas e inovação no varejo”, disse o presidente e CEO da Walmart Canadá, Lee Tappenden, em comunicado. “Estamos introduzindo novos parceiros, testando tecnologias novas e inovadoras, integrando e-commerce com tijolos e argamassa e atualizando nosso sortimento para melhorar a experiência de compra do cliente e apelar mais para as jovens famílias nos mercados urbanos”.
O supermercado ganhou um espaço remodelado, chamado Fresh Market, com mais iluminação e um revestimento de parede em painel de madeira para uma aparência de mercado. O local oferece frutas e vegetais frescos, incluindo itens orgânicos, além de carne 100% canadense, frango, porco e frutos do mar.
Essa oferta renovada de mercearia do Walmart no supercentro canadense reitera a importância da venda de alimentos para a empresa. Embora o e-commerce tenha sido o principal impulsionador dos negócios de mercearia do Walmart nos últimos trimestres, o conceito de Fresh Market também destaca a importância das vendas de produtos de mercearia em tijolo e argamassa. O Walmart também atualizou suas lojas nos Estados Unidos com aprimoramentos de alimentos frescos.
Os comerciantes licenciados da loja incluem vários vendedores de alimentos, como a cadeia de restaurantes Fastii, o Naoki Sushi e um McDonald’s recém-reformado – juntamente com a The Party Shop, a The UPS Store e a rede chinesa de lojas de variedades Miniso. No final de fevereiro, a Freshii, com sede em Toronto, anunciou planos para lançar uma seleção de saladas, wraps, lanches, sanduíches e sucos prensados ​​a frio para 100 lojas do Walmart no Canadá.
Com o serviço de alimentação expandido, o Stockyards Walmart abriga uma área de estar onde os clientes podem comer e sentar-se com amigos e familiares. Há também um quadro comunitário com notícias, atividades e eventos locais.
Na loja está sendo lançado o Fast Lane, um recurso que permite que os clientes usem o aplicativo My Walmart em seus smartphones para fazer compras e concluir suas transações de forma rápida, usando uma fila separada para fazer o checkout. Basta o cliente entrar na Fast Lane e digitalizar o código de barras dos produtos pelo aplicativo. As compras são cobradas no cartão de crédito registrado e o cliente mostra o recibo no telefone para o funcionário que fica na Fast Lane.
Outra iniciativa omnichannel do novo supermercado é uma seção dedicada ao Walmart.ca, na qual os clientes podem ver e comprar produtos de um corredor estendido e conversar com funcionários que podem responder perguntas e ajudar com pedidos online. O Walmart disse que a tecnologia será usada para hospedar lojas pop-up de fornecedores online também. Para apoiar o comércio eletrônico, a loja oferece áreas de coleta ampliadas e aprimoradas, além de novas posições de colaboradores com foco no atendimento ao cliente, incluindo compras online de mercearia e coleta de mercadorias em geral.
Várias inovações anteriores do Walmart Canadá também foram integradas ao conceito de supercentro urbano, incluindo melhorias em displays de produtos, sinalização e plantas baixas, acrescentou a empresa.
“Nosso novo conceito é um símbolo do que está por vir no varejo e demonstra nossa visão de ajudar os canadenses a economizar dinheiro e viver melhor, agora e no futuro”, afirmou Tappenden.
Os planos incluem a abertura de um novo supercenter em Thornhill, Ontário, no próximo ano, e as melhores práticas de lojas com formatos novos serão incorporadas em remodelações futuras, de acordo com o Walmart Canadá.
No início deste mês, o Walmart Canadá disse que pretende renovar e / ou atualizar 31 lojas – incluindo conversões para o formato Supercenter – como parte de um investimento de US$ 200 milhões em sua rede de varejo. O projeto envolve 17 lojas em Ontário, cinco em Alberta, três em Quebec, dois em British Columbia, dois em Manitoba, um em Newfoundland e um em Saskatchewan.
Nos últimos cinco anos, o Walmart investiu mais de US$ 1 bilhão em sua rede de lojas no Canadá, incluindo um plano de US$ 175 milhões para modernizar 23 lojas no último ano. O Walmart Canadá, de Mississauga, Ontário, opera cerca de 410 lojas no total.
Por Mercado&Consumo via Varejo ESPM

Google Shopping lança novas modalidades de busca para compras

O Google Shopping, plataforma que conecta consumidores e varejistas, passou por mudanças durante o Google for Brasil. A partir de julho, ao acessar o google.com/shopping, os usuários poderão navegar clicando diretamente nas imagens dos produtos, além de conseguirem visualizar uma vitrine personalizada a partir de seus interesses online.
Esta nova experiência imersiva têm como objetivo tornar a jornada de consumo mais intuitiva e personalizada e foi pensada em função da busca de outras plataformas durante a jornada de compra do brasileiro. O país foi escolhido para ser o segundo mercado no mundo a receber esta novidade, depois dela ser introduzida na Índia em dezembro de 2018. Segundo uma pesquisa feita pela Ipsos em março de 2019, 8 em cada 10 consumidores usaram um produto do Google no período de uma semana para ajudar na jornada de compra e isso também envolve as transações feitas na loja física: a mesma pesquisa também mostrou que 99% dos consumidores que foram a uma loja na última semana fizeram uma pesquisa online antes.

A nova página inicial do Google Shopping permitirá que os consumidores busquem diversas categorias de produtos para encontrar exatamente o que querem dentre diversos varejistas. Para melhorar a experiência online dos usuários, a plataforma conta agora com características inteligentes, incluindo um indicador de queda de preços e uma coleção dos produtos mais populares. Além disso, será possível acessar a aba “Shopping” durante uma busca feita no Google para encontrar uma lista de produtos relacionados à pesquisa. Os usuários poderão ver todos os detalhes dos itens e conferir varejistas que os têm em estoque.
Para os varejistas também foram apresentadas novas ferramentas para que eles possam aproveitar ao máximo o potencial do Google Shopping para alavancar seus negócios, entre elas:

  • Showcase Shopping Ads – um novo formato de anúncios mais visuais que aparecerá no Google Imagens, no Feed do Discover e, em breve, no YouTube. Em média, cerca de 80% do tráfego de anúncios do Showcase Shopping para sites de varejistas são de novos visitantes que acabam de descobrir as marcas.
  • Compre online, retire na loja – a novidade vai permitir que os varejistas indiquem quando e quais produtos estão disponíveis para retirada na loja. Em um estudo recente encomendado pelo Google, foi identificado que 45% dos compradores globais compram online e retiram na loja. A novidade está em fase de testes beta.
  • Shopping campaigns com parceiros – as campanhas do Google Shopping com parceiros permitem que as marcas usem seus próprios orçamentos para ajudar a promover produtos nas campanhas dos varejistas. Isso ajuda a gerar mais visibilidade, tráfego e vendas para as marcas e seus parceiros de varejo.

(Por Mercado&Consumo via Varejo ESPM)

Varejo 4.0: o poder onipresente do omnichannel

O varejo está no centro das transformações, vive um vigoroso processo de inovação que influencia diretamente o ranking das maiores empresas varejistas do planeta. A Amazon já consta como quarta maior empresa do setor, com faturamento de US$ 118,6 bilhões e crescimento de 25,3% sobre o ano anterior, de acordo com o Global Powers of Retailing 2019, estudo da Deloitte. O espírito do tempo agiu com rapidez e em apenas 25 anos transformou uma empresa que nasceu on-line na quarta maior varejista do mundo em vendas e na primeira em valor! Essa gigante do comércio atingiu no início de 2019 um valor de mercado de US$ 797 bilhões, segundo dados da Bloomberg.

A fusão do varejo físico com o digital, tendo o smartphone como protagonista, define o varejo omnichannel. Exatamente, nesse modelo, o smartphone é o protagonista! Sem smartphone, o formato não é considerado omnichannel, pois não é capaz de oferecer a mobilidade que o caracteriza, a onipresença tanto dos canais quanto do consumidor. Esse varejo onipresente atende o consumidor também onipresente, mais conhecido como shopper 4.0. Essa relação entre o varejo e os consumidores 4.0 é entremeada pela jornada de compras 4.0, ou shopper journey, termo que já aparece em diversas publicações como omnishopper journey.

Essa jornada é um processo que ocorre antes, durante e depois das aquisições realizadas pelos consumidores e resulta em uma experiência de compras que pode ser positiva ou negativa. Os fatores que causam avaliações negativas nas experiências de compra dos consumidores são conhecidos: estresse, preços e condições financeiras, e tempo. Já do lado positivo da balança estão a experiência memorável, o custo-benefício, a confiança, o serviço prestado e a boa atmosfera de compra — como aponta a pesquisa Shopper, produzida pela IQVIA/IMS Health, em 2016.

Neste cenário, o smartphone é um grande aliado na jornada de compras do consumidor. Dentre os inúmeros aplicativos que existem, muitos são utilizados para minimizar os riscos encontrados durante a jornada de compras. O prazo de entrega e a disponibilidade de estoque aparecem como fatores decisivos na escolha do e-commerce, segundo o estudo Varejo em transformação — estratégias, práticas e expectativas. Realizado no ano passado pela Deloitte Touche Tohmatsu, o estudo analisou o comportamento do “phygital ” — termo apresentado por Kevin McKenzie, do Westfield Lab., no NRF Retail Big Show 2015, para denominar o consumidor que trafega entre canais físicos e digitais com os seus smartphones durante suas compras.

Todos esses fatores precisam ser administrados diariamente pelos gestores de varejo. E é aí que a tecnologia digital disruptiva aparece como um recurso essencial para essa gestão. Isso porque ela oferece soluções de baixo custo, pouca complexidade e de fácil usabilidade por parte do consumidor — daí o peso estratégico crescente do fator user experience (UX) nas estratégias omnichannel. Os desafios enfrentados nas organizações são endereçados às soluções digitais, pois permitem ganhos escaláveis e recorrentes. Afinal, não se pode investir em tecnologia ou em qualquer outra área sem previsão de aumento da produtividade: vender mais, gastar menos! Assim surgem as inovações disruptivas, aquelas que apresentam algo totalmente novo, rompendo com os modelos anteriores.

A experiência do varejo 4.0

O poder das redes sociais influencia diretamente o início da jornada de compras no varejo 4.0. O processo que era linear se transformou em não linear e seu mapeamento desafia estudiosos, profissionais de pesquisa e tomadores de decisão. No período inicial do e-commerce, quando o varejista, no máximo, tinha uma loja física e um site e-commerce, afirmava-se que a jornada de compras começava no canal on-line, principalmente para certas categorias de produtos com um tíquete médio mais elevado, como eletroeletrônicos, móveis e decoração, moda e material esportivo. Com o aumento da presença dos smartphones nas mãos dos consumidores, novos recursos surgiram e muitas redes sociais passaram a influenciar o consumo e até viabilizar a tomada de decisão de compras, como é o caso do Facebook e do Instagram.

Em uma loja física, as cinco etapas do funil linear (figura 1) podem ser administradas estrategicamente pelo gestor de varejo com ações que têm início no estacionamento e vão até o ponto de venda. No e-commerce, o processo pode começar em um site de busca ou de comparação de preço ou ainda por meio de avaliações dos consumidores. Em 2015, uma apresentação do Ebay sugeriu esse caminho ao afirmar que a maioria das pessoas iniciava suas jornadas pelo acesso a um site na internet. Mas, em um ambiente omnichannel, as possibilidades se tornam infinitas, por envolver perfis “personas” ou características diferentes de grupos de consumidores. Também incluem milhares de categorias de produtos diferentes e inúmeros canais de venda e de comunicação físicos e digitais.

Dessa forma, a jornada de compras 4.0 deve ser mapeada por categoria de produtos, que terá seu perfil personas predominante identificado e seu comportamento rastreado por meio de robôs de busca que mostram por onde andou esse consumidor antes de tomar sua decisão de compras. Esse processo se torna mais complexo ao incluirmos os canais físicos, pois o mapeamento se perde e dependerá de recursos presentes em aplicativos como Waze, outros existentes em meios de pagamento ou ainda aqueles que serão adotados por varejistas para controlar o fluxo dos seus clientes nas lojas e em shoppings, por exemplo.

A complexidade da análise exige o desenvolvimento de algoritmos específicos que permitem mapeamentos dinâmicos e em tempo real, a fim de permitir às marcas se colocarem presentes em todas as etapas da jornada de compras (figura 2), desde a conscientização até a fidelização ou lealdade e assim conquistarem novos clientes com base em seus atributos de marca, e não apenas por promoções e descontos.

O varejista deve utilizar esse modelo (figura 3) para definir suas ações e aumentar a fidelização de clientes, conforme sua estratégia omnichannel. As dinâmicas, com base em metodologias ágeis, possibilitam rapidamente se chegar a um plano de ação.

As ações do varejista devem continuar sendo realizadas em parceria com as marcas. O que tende a acabar é a utilização de verbas apenas para financiar jornais de ofertas, prática ainda muito presente no varejo em geral.

Na sequência do modelo, os gestores e seus times devem detalhar cada etapa da jornada e cada canal presente na estratégia omnichannel, como aponta a figura 4. É importante para o varejista entender o comportamento dos clientes em cada um dos canais, como estão expostos às influências e de que tipo (figura 5). Esse tipo de informação permite ao gestor sugerir a próxima ação de maneira a se manter o fluxo da jornada até a tomada de decisão e a avaliação da experiência de compra.

Uma ação muito simples e pouco utilizada é a avaliação e o feedback. Essa é uma parte da estratégia que deve ser implementada desde o início da transformação do varejo 4.0. Há menos de um ano, a Amazon, por exemplo, inaugurou em Nova York uma loja que vende, presencialmente, apenas produtos avaliados com quatro estrelas ou mais: a Amazon 4Star, localizada em pleno SoHo, na Spring St. — que é uma aposta, pois o estabelecimento oferece apenas os produtos mais vendidos e bem avaliados, independentemente da experiência de compra proporcionada. A loja não oferece nenhum outro atrativo e aposta na conveniência de se encontrarem os produtos mais desejados na condição de pronta-entrega e na economia de não ter de pagar frete para receber em casa.

A marca de óculos Warby Parker se notabilizou como uma das pioneiras na estratégia omnichannel. Teve seu início com vendas on-line, mas adicionou em seu modelo as lojas físicas para atender clientes que desejavam ver e experimentar os óculos antes de decidirem a compra. Em que etapa da jornada de compras a loja física está na estratégia da Warby Parker?

Nessa linha, apostando na economia do tempo e do custo do frete, muitos varejistas já adotam a compra on-line com retirada na loja. Esta é uma estratégia omnichannel que veio para ficar. Um dos grandes diferenciais competitivos do varejo 4.0 é a disponibilidade dos produtos oferecidos para entrega imediata. Trata-se, aliás, de uma das boas e velhas receitas de sucesso do varejo. Apesar de tantos avanços, muitos consumidores querem o produto imediatamente e, para isso, devem se dirigir a um ponto de entrega que pode ser a própria loja!

Os grandes varejistas, como o Walmart, já assimilaram essa oportunidade e estão transformando suas lojas em minicentros de distribuição para atender os pedidos de clientes que realizaram suas compras on-line e residem próximo ao estabelecimento. Assim, o tempo de entrega será bem mais rápido e com menor custo. A loja ganha com as vendas adicionais que serão realizadas por outros clientes, além daqueles que já frequentam presencialmente.


JORNADA DE COMPRAS NÃO LINEAR

É importante redefinir o papel da loja física na jornada de compras 4.0. Mais um exemplo interessante é o da Amaro, marca de moda feminina. A marca começou com vendas por e-commerce e já possui 16 lojas físicas, as chamadas guide shops, como parte de sua estratégia omnichannel. Dependendo do perfil “personas”, muitos consumidores podem deparar com a marca pela primeira vez circulando pelo corredor de um dos shoppings. Nesse caso, a loja exerce um importante papel na fase de awareness ou conscientização, a primeira etapa do funil. Mas, em outros perfis “personas”, a loja exerce papel importante na fase de engajamento e decisão, pois são consumidores que já iniciaram sua jornada pela internet, utilizando o site ou o aplicativo mobile da marca.

Inovação: sinal dos tempos

Há uma abundância de novas tecnologias disponíveis e prontas para transformar o varejo em um formato 4.0. Mas muitos empresários e gestores ainda não reagiram aos sinais do tempo. Envoltos em suas atribuições diárias, não conseguem enxergar o grau de mudanças que está acontecendo diariamente. O tempo está passando e a janela de oportunidades vai diminuindo e comprometendo o futuro de muitas empresas que conhecemos.

Quem está no comando necessita de visão! Enxergar adiante, tentar entender o que vem pela frente para organizar o seu negócio e tomar decisões. Novos conhecimentos, informações e relacionamentos são fundamentais em todas as fases da vida, mas em momentos de mudanças como o que estamos vivendo esses tópicos ganham ainda mais relevância.

Logo, apesar dos aspectos tecnológicos presentes no processo de inovação, o mais importante é a seleção dessas tecnologias que serão utilizadas. É, portanto, estratégico. E estratégia é assunto para gestores. Tais decisões deverão estar respaldadas, como sempre, no que ditam os consumidores e, assim, daremos sequência a mais esse ciclo produtivo nessa ciência que amamos, que é o marketing. Os gestores não precisam ser especialistas em tecnologias, e sim saber empregá-las estrategicamente. Se uma solução a ser adotada em uma das etapas do funil não linear terá inteligência artificial ou realidade virtual, não importa. O que importa é o papel dessa tecnologia na estratégia varejista completa, delineada ao longo da jornada de compras 4.0!

Por Revista ESPM – Ricardo Pastore

Carrefour apresenta Carina, sua assistente virtual

O Grupo Carrefour anunciou nesta sexta (05) sua nova assistente virtual. Batizada de Carina (Carrefour Inteligência Artificial), o bot foi desenvolvido para responder aos consumidores para tirar dúvidas e oferecer sugestões em nome dos negócios de varejo alimentar e do Carrefour Soluções Financeira.
A solução usa inteligência artificial para aprender enquanto interage com os clientes por canais de voz e texto. Depois de implantar a assistente virtual na URA, o Carrefour vai levar Carina para o atendimento no chat do e-commerce e WhatsApp. Por enquanto, apenas os consumidores do Rio de Janeiro podem receber ofertas e tirar dúvidas usando o assistente via aplicativo de mensagens.

Carina pode informar o status de um pedido no e-commerce, o saldo do cartão presente Carrefour, enviar segunda via de fatura do Cartão Carrefour e receber pedidos de parcelamento da fatura. Em breve, a assistente virtual atenderá por WhatsApp em todo o Brasil.

“O uso da inteligência artificial no varejo está cada vez mais atrelado ao conhecimento do comportamento de compra dos consumidores para oferecer produtos de forma personalizada e assertiva. Com a Carina, aplicamos a IA também nessa interação cotidiana com os nossos clientes e de forma inédita no varejo alimentar”, diz Paula Cardoso, CEO do Carrefour e-Bussiness Brasil.

Transformação Digital

O anúncio do lançamento da assistente virtual é parte da agenda de transformação digital do Carrefour. Em janeiro do ano passado, a empresa anunciou o “One Carrefour” que estabeleceu metas para digitalizar o atendimento da rede.

No fim do ano passado, a varejista anunciou a criação de uma unidade de negócios para acelerar o e-commerce de alimentos. Paula diz que “é fundamental usar as ferramentas de digitalização para entregar uma experiência mais rápida, fluida e acolhedora aos nossos clientes”.
(Por NoVarejo – Leonardo Guimarães via Varejo ESPM)

Reconhecimento facial compara dados do varejo com fotos no Facebook

O varejo pode identificar quem é o consumidor que acabou de entrar na sua loja física casando informações do seu banco de dados com o de redes sociais como Facebook e LinkedIn por meio de um novo sistema de reconhecimento facial. A nova solução, desenvolvida pela Cognizant, empresa mundial de tecnologia da informação que atua no Brasil, procura otimizar a relação entre varejo e consumidor no ponto de venda físico.
O Face Recognition pode ser utilizado em programas de fidelidade e recompensas. A solução é capaz de identificar quando um cliente fiel entra em uma loja física. É possível reconhecê-lo e se relacionar tanto no ambiente físico quanto por meio das redes sociais para comunicar promoções e oferta de descontos personalizados nos diferentes canais de venda e relacionamento.
Traços sutis e humor
A tecnologia é capaz de detectar também o humor das pessoas e suas emoções, o que pode ajudar o varejista a oferecer o atendimento correto de acordo com o estado de espírito da pessoa. Além disso, a tecnologia estima a idade e verifica características como tom da pele, do cabelo e dos olhos.
A solução funciona em nuvem junto com a plataforma Azure ou AWS. Ela combina cognitive cloud (nuvem) e inteligência artificial para reconhecer pessoas. O processo é feito comparando as fotos cadastradas em bases públicas, como Facebook, Google e LinkedIn, ou em bancos de dados corporativos, como os perfis cadastrados em programas de recompensas e banco de dados do varejista.
Outras utilidades
Além de atender o comércio, a solução também é voltada para os setores financeiro e de segurança. No caso dos bancos, ela permite rápida detecção de fraudes na abertura de contas digitais, pois, ao criar a conta, é possível comparar a imagem com as do banco de dados dos clientes atuais e de tentativas de cadastro com outros nomes.
No setor de segurança, o Face Recognition faz a comparação de imagens de bancos de dados de foragidos com as das pessoas que estão transitando em locais públicos aeroportos e pontos públicos.
Por NoVarejo – Raphael Coraccini – Via ESPM Varejo

Os impactos da Internet das Coisas no varejo físico

Há pouco tempo não era raro encontrar varejistas que dispensavam os recursos tecnológicos e apostavam em seu “faro” nos negócios. Afinal, realmente era difícil obter dados confiáveis sobre o público-alvo, a concorrência e o próprio setor para embasar a tomada de decisão. Isso perpetuou a figura do dono ou do gerente “sabe tudo” mesmo em grandes lojas e redes. Entretanto, esta situação está mudando e, hoje, esses empresários podem contar com informações essenciais graças à evolução do conceito de Internet das Coisas (IoT).
O mercado de soluções IoT destinado ao varejo está expandindo de forma exponencial em todo o mundo. O setor deve movimentar US$ 94,44 bilhões até 2025, com um crescimento médio anual de 21,5% durante este período, de acordo com levantamento da Grand View Research. Já uma previsão da Gartner aponta que em 2020 existirão 20 bilhões de objetos conectados à Internet, criando uma verdadeira “infovia” de dados nas mais diferentes áreas de atuação humana.
No caso específico do varejo tradicional, já há uma série de recursos que fornecem informações relevantes e auxiliam os profissionais a terem uma visão mais detalhada do negócio. O mais importante deles é o que permite reconhecer e identificar o comportamento de seus clientes. Dispositivos IoT conseguem captar dados sobre o fluxo de visitantes, por exemplo, e transformá-los em indicadores relevantes nas áreas de Administração, Comercial, Marketing e RH. Abre-se um novo mundo para os empresários, que podem combinar essas diferentes informações para melhorar a tomada de decisão.
A evolução dos processos tecnológicos já é uma realidade em diferentes segmentos e consolidou a transformação digital. Logo, o varejista também não pode ficar de fora dessa questão e precisa, o quanto antes, investir em um modelo de negócio que seja inspirado em dados e informações coletadas por meio da Internet das Coisas. Se no e-commerce todos os processos são mensurados, analisados e testados, o comércio físico caminha para a mesma situação, permitindo aos envolvidos melhorar a produtividade e eficiência do negócio.
Dessa forma, o varejo dará o seu passo mais importante com ações voltadas para o conceito de omnichannel. Ou seja, a integração de todos os canais de venda de uma empresa, respeitando a jornada de compra do consumidor e identificando as melhores oportunidades para impactá-lo. Não se trata mais de ter uma estratégia online e outra off-line. Agora, a busca é justamente pela unificação do digital: dados coletados em diferentes recursos que se convergem com o objetivo de estimular novos negócios. Um levantamento da Deloitte mostrou que o digital influenciou US$ 1,7 trilhão nas vendas off-line em todo o mundo.
O varejista pode se recusar e até tentar administrar seu negócio sem a ajuda da Internet das Coisas. Entretanto, sem a ajuda dos dados, é praticamente impossível se destacar da concorrência em um cenário de intensa competitividade. Nenhuma decisão ou estratégia pode ser definida sem estar ancorada em relatórios precisos sobre os mais diversos pontos de uma loja. Na era dos objetos conectados e inteligentes, você também precisa demonstrar inteligência e aceitar que a Internet das Coisas vai dominar, cada vez mais, o varejo nacional.
Por NoVarejo   via Varejo ESPM