“Este é o momento em que o crescimento da loja física se confunde com o do comércio online”

Nos anos 1970, quando se formou engenheiro, Antonio Carlos Pipponzi assumiu a rede Pharmacia Raia, fundada em 1905, em Araraquara. Pipponzi inaugurou o processo de automação na empresa nos anos 1980, com a transformação das frentes de caixa e da gestão do estoque. Com as mudanças, a rede, que passou a se chamar Droga Raia, cresceu mais de dez vezes ao longo da década seguinte.
A partir de 2010, com a abertura de capital e fusão com a Drogasil, que era líder de mercado, o número de lojas saltou para 1.400. Pipponzi, hoje presidente do Conselho de Administração da Raia Drogasil e do IDV(Instituto para Desenvolvimento do Varejo), foi um dos responsáveis pelo plano de expansão da empresa e pelo avanço a passos largos da rede em tempos de crise econômica.
No ranking Global Powers of Retailing, da Deloitte, a Raia Drogasil foi uma das três brasileiras na lista das maiores varejistas do mundo em 2018, ocupando a 223ª colocação entre as 250 líderes. No segmento de farmácias, a única a chegar lá. O ranking da SBVC, de 2017, também coloca a Raia Drogasil como a maior varejista farmacêutica do País em faturamento bruto, com R$ 13,8 bilhões e crescimento de 17,1% ano contra ano. Entre as líderes, a rede perdeu apenas para o Magazine Luiza em crescimento.
Ao anunciar a compra da Onofre em fevereiro deste ano, a Raia Drogasil traça um plano para saltar à frente da concorrência também na venda de medicamentos pela internet. Há 15 anos, a Onofre trabalha com a captação e o tratamento de dados no setor farmacêutico, um diferencial competitivo que chamou a atenção da gigante americana CVS, que comprou a empresa há dois anos, mas teve que vendê-la por problemas jurídicos.
Como presidente do IDV, Pipponzi conta que tem trabalhado para aproximar o grande varejo do núcleo econômico do governo, inclusive, apresentando propostas de reforma tributária ao ministro da Economia, Paulo Guedes, e dando seu apoio efusivo à proposta do ministro para a Reforma da Previdência.
Confira a entrevista exclusiva de Pipponzi ao portal NOVAREJO:
NOVAREJO: Qual o ponto de virada da Droga Raia para se tornar uma das maiores varejistas do País?
Antonio Carlos Pipponzi:
 Cada época tem seus movimentos disruptivos e acho que, até hoje, as maiores disrupções do varejo foram o código de barras e a automação comercial. Você entrava numa loja e tinha que esperar alguém fazer uma nota de controle ou fiscal. Toda gestão de estoques era feita através de, no máximo, planilhas. Quando havia. Ou, simplesmente, pela intuição do gerente. E o código de barras conseguiu identificar o CVM para fazer a reposição automática e permitiu que o varejo identificasse o seu público.
Ao automatizar o estoque de loja, o varejo gerou uma massa de capital de giro enorme para fazer o primeiro grande salto de crescimento. A Raia fez isso antes dos outros. As caixas registradoras foram substituídas por terminais inteligentes que registravam os produtos na saída. Isso já em 1987. Foi a primeira empresa do Brasil a automatizar os pontos de venda.
NV: O que explica a expansão da rede Raia Drogasil mesmo durante a crise econômica?
ACP:
 A gente partiu de um nível de abertura de 100 lojas por ano em 2012, depois da fusão, para chegarmos quase linearmente a 240 lojas abertas por ano. Esse foi o resultado do ano passado e com previsão de repetição para este ano. Isso pode ser explicado pelo fato de o negócio de farmácia ser muito resiliente e, às vezes, andar na contramão da crise. Quando você tem uma condição econômica mais próspera, as pessoas vão com mais apetite para comprometer seu salário com prestações para comprar bens duráveis. É curioso porque, no passado, com os planos econômicos, a economia mudava de não próspera para próspera – mesmo que artificialmente – e havia aquela corrida para comprar bens duráveis e isso naturalmente diminui o consumo dos nossos produtos.
NV: A aquisição da Onofre é um caminho para ser referência também no varejo online?
ACP: A gente está ainda esperando o CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) para falar melhor sobre isso, mas a gente entendeu que, com a Onofre, vamos ter oportunidade de aperfeiçoar a questão do estudo dos dados porque ela trabalha há 15 anos com isso, então certamente a gente tem muita coisa a tirar de lá.
NV: E em relação às lojas físicas, a Onofre pode significar uma capilaridade maior para a RD?
ACP: A Onofre tem um foco na questão digital. Na questão física, nem tanto. O número de lojas não é significativo. Hoje, são 50 lojas que não são complementares à atuação das lojas da Raia e Drogasil, com uma atuação geográfica concentrada no estado de São Paulo. Do ponto de vista de expansão física, não tem tanta relevância, mas, sim, do ponto de vista do comércio eletrônico.
NV: E qual a diferença da absorção da Onofre para a fusão entre Raia e Drogasil?
ACP: 
Vimos, como Raia, uma grande oportunidade na fusão com a Drogasil por conta da complementariedade das operações. A Drogasil era líder de mercado, mas ambas tinham faturamentos muito parecidos. A gente tinha uma complementariedade tanto geográfica quanto de expertise.
NV: E quais foram os desafios dessa fusão?
ACP: 
Uma fusão desse tamanho traz problemas culturais complexos, falta de sinergia inicial por conta da equiparação de salários e outras questões diante de um mercado sempre apressado, querendo resultados rapidamente.
A gente fez uma fusão que, teoricamente, seria de risco, com controle compartilhado, ou seja, pesos iguais, e a questão sempre delicada sobre como as empresas iriam resolver suas diferenças. Mas isso se mostrou muito positivo porque em casos assim você é obrigado a negociar o melhor que cada um dos lados tem e não impor um ponto de vista. No final, preenchemos em oito vezes a oferta que a gente tinha.
NV: Antes da fusão com a Drogasil, houve uma tentativa frustrada de abertura de capital. Por que esse movimento não deu certo na primeira tentativa?
ACP: 
A paixão pelo negócio faz com que você acelere algumas coisas que não deveria. Em 2007, tivemos uma tentativa frustrada de abertura de capital, com nível de endividamento que se acelerou e a gente nunca tinha trabalho endividado, só com recursos próprios. Mas isso foi bom porque colocou na empresa uma pressão no sentido de ser obrigada a ter um período forte de crescimento para tentar novamente abertura de capital. Conseguimos trazer fundos de investimentos que nos ajudaram principalmente com a questão da governança. Trouxemos dois fundos, o Gávea e o Family Office, da Natura, e assim a gente pôde sanear a empresa financeiramente e se recuperar do erro que havíamos cometido, isso tudo a partir já de 2008. Aí, tivemos um ciclo de crescimento próspero e, em 2010, participei do momento talvez mais glorioso, que foi a internacionalização da empresa, com a abertura de capital no momento em que o mercado estava travado. Tínhamos ali uma empresa altamente profissionalizada, sempre inovadora, dando passos à frente. Inclusive, esse, da abertura de capital, foi um momento de ruptura para buscar uma concentração, olhando o País como um todo.
NV: Como aconteceu a transição de uma empresa familiar para uma de gestão profissional?
ACP: 
Eu acredito muito na força das empresas familiares, apesar de, às vezes, faltar competência e sobrar paixão. Em algum momento, pode causar a cisão da família e o fim do negócio. A gente preparou um formato rígido, com regras claras, para a entrada de uma geração nova e ela trouxe o componente estratégico, que se tornou fundamental. Nas décadas anteriores (1980 e 1990 – antes da profissionalização da gestão), a gente tinha dado saltos importantes relacionados à tecnologia. Nos anos 2000, trouxemos uma geração formada fora do País com um pensamento estratégico muito importante. A gente viveu, especialmente a partir da metade da década, um momento de consolidação, com acesso facilitado a capital e investidores estrangeiros. Ali, a nossa operação começou a transbordar dos lugares onde sempre havíamos atuado. Nos anos 1990, as redes tinham suas regiões de atuação bem delimitadas e nós comandamos essa mudança. Fomos de São Paulo para o Rio de Janeiro e acabamos por romper aquela ideia estabelecida no mercado de que cada rede tem o seu “curral”. A partir daí, não paramos mais de expandir.
NV: Nos Estados Unidos, a Aetna, de planos de saúde, e a rede de farmácias CVS anunciaram fusão. Você acha que a união de planos de saúde com o varejo farmacêutico pode ser uma tendência?
ACP: 
Acho que isso pode ganhar força. Mas, aqui, por conta do regulatório, que é muito grande, isso tende a demorar muito mais tempo para acontecer. Acho que é preciso vencer algumas barreiras para ter uma integração maior da cadeia de saúde, aumentando os resultados para as empresas e reduzindo o custo dos serviços de saúde para os consumidores. Essa redução se dará, principalmente, pela troca de dados e informações entre os players para facilitar uma gestão preventiva da saúde.
NV: Como você acha que a digitalização da loja física pode mudar o jogo no varejo?
ACP: 
Quem tem capilaridade vai ganhar esse jogo. A Raia Drogasil tem a capacidade de atender 90% da classe A, por exemplo. Para esse público, a Raia Drogasil está a 250 metros de distância ou menos, isso significa captar clientes a custo baixo. Com a extensão da área de atuação, você vai fidelizar porque todo mundo está na sua imediação. Além disso, a gente consegue um custo logístico menor para oferecer tudo aquilo que o cliente quer num consumo de conveniência.
Eu acho que o movimento hoje de digitalização é sem volta e que este é o momento em que o crescimento da loja física se confunde com o do comércio online. E, por isso, quem tem a capilaridade tem grande chance de ganhar o jogo.
NV: E qual o papel dos funcionários nesse novo varejo, mais digital?
ACP: O varejo sempre teve duas variáveis ao longo desse período de crescimento: tecnologia e gente. E para o varejo, acho que gente é ainda mais importante. Nos anos 1990, havia um grande movimento das empresas no sentido de entender sua vocação: como ela iria se posicionar no mercado tendo em vista a história que a levou até aquele momento? E a Raia sempre se dispôs a cuidar de pessoas. Ao entender isso, a gente passou a investir muito em formar pessoas para cuidar de outras pessoas. Houve um trabalho para entender que a formação dos funcionários era decisiva. Tiramos todo tipo de balconista e vendedor clássico e passamos a trabalhar exclusivamente com jovem de primeiro emprego, era aquele tipo de jovem que terminava o Ensino Médio, não tinha dinheiro para pagar a faculdade e que não tinha possibilidade de arrumar emprego porque não tinha experiência. E aí a gente acolheu essas pessoas. Dava possibilidade de, a partir daquele momento, fazer uma faculdade. A gente financiava 50%. Eu diria que isso acabou em uma revolução no atendimento da rede.
NV: Quais os resultados dessa aposta no atendimento humanizado?
ACP: 
Iniciamos os primeiros projetos de relacionamento. Juntamos as duas coisas: tecnologia para identificar clientes e gente para cuidar deles. Começamos no final dos anos 1990 a criar os primeiros programas de fidelidade e as farmácias foram pioneiras nisso porque têm contato direto com o consumidor. Muito por conta disso, saíamos de sete para 100 lojas ao fim dos anos 1990 e passamos a ser Top 3 do mercado.
NV: Você está á frente do IDV e tem sido frequente na sua agenda visitas a autoridades e abordagem de temas macroeconômicos. Qual o novo papel do empresário do grande varejo?
ACP: 
Participar. Especialmente porque temos um governo com uma visão liberal, um time econômico de primeiríssima linha e aberto ao diálogo. Então, temos que participar e é o que estamos fazendo. Olhar e apontar o que é mais importante para o Brasil em termos de transformação. E dentro dessas transformações, em quais podemos atuar como protagonista. E, a partir daí, reunir propostas, levar até o governo e brigar por elas. Acho que todo empresário tem que fazer isso, direta ou indiretamente.
NV: Quais assuntos, além da Reforma da Previdência, estão em pauta?
ACP: Evidentemente que a volta do crescimento é aquilo que vai trazer consumo. O País só vai se transformar se ele produzir, e as travas legislativas ou relacionadas à infraestrutura são sentidas primeiro pelo empresário. O País é caríssimo, confuso, tem um sistema tributário totalmente atrasado e que não dá segurança nenhuma para o empresário. Um regime trabalhista complicado apesar de estar passando por uma transformação histórica, com a aprovação da livre negociação e adequação de formados de contratação, que impedem que empresas contratem e que os trabalhadores sejam empregados.
NV: Como você, como um dos maiores empresários do varejo no País e presidente do IDV, tem participado mais das decisões políticas?
ACP: 
Como presidente do IDV estou em contato com todos os secretários relacionados ao setor. Estou muito próximo do Rogério Marinho (secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia) e trabalhado em outras três frentes: tributária, de simplificação e de ambiente financeiro.
No caso da tributação, defendo uma reforma que aumente a base de arrecadação e que não abra as portas para a sonegação. Na simplificação, atuo de ponta a ponta, com um conjunto de 30 a 40 propostas que levamos ao ministro (da Economia), Paulo Guedes, a seu pedido, sobre como eliminar pedras no caminho, leis e decretos absurdos que complicam a vida do mundo empresarial. E quando falo do ambiente financeiro, trata-se de melhorar a concorrência no setor para tentar reduzir os custos dos serviços.
(Por NoVarejo  – Raphael Coraccini via Varejo ESPM)

Lojas Americanas inaugura unidade sem checkout

A Lojas Americanas criou um ponto de venda sem caixas para pagamentos, no mesmo modelo da Amazon Go. Lançada em modelo de protótipo, a nova loja, que fica no prédio na B2W, empresa controlada pela rede varejistas, recebeu o nome de Ame Go.
Inicialmente, apenas funcionários da B2W podem fazer suas compras na unidade, que opera da seguinte maneira: o cliente faz a autenticação no aplicativo da Ame ao entrar na loja, depois seleciona os produtos que deseja comprar e, ao final, o valor é debitado em conta digital da marca Ame Digital. É necessário baixar o aplicativo para realizar a operação.
O novo protótipo é uma iniciativa da área de inovação e futuro (IF), criada pela empresa em 2018. A loja utiliza inteligência artificial e conta com geladeiras e expositores com sensores que registram a retirada de produtos e também captam quando algo é devolvido pelo cliente. “Câmeras tridimensionais rastreiam e monitoram os movimentos, coletando dados e permitindo, por exemplo, analisar quanto tempo cada cliente fica na frente de cada produto, seu comportamento e tomada de decisão”, informou a empresa.
(Por Mercado&Consumo via Varejo ESPM)

O Boticário apresenta novo conceito de loja

A rede de franquias O Boticário inaugurou um novo conceito de loja que traz diversas ferramentas tecnológicas usadas pela primeira vez no varejo de beleza para propor ao consumidor uma experiência que promete aguçar ainda mais os sentidos e criar uma maior aderência com a marca.
Realidade aumentada, espelho interativo de make, sistema omnichannel, pick up store e pagamento com celular são algumas dessas tecnologias implantadas no Boticário Lab, loja interativa já em atendimento no Shopping Pátio Batel, em Curitiba.
Por enquanto, o novo formato não tem previsão de ser implantado em outro local. Porém, segundo a diretora de Comunicação do O Boticário, Cristiane Irigon, a marca está sempre atenta às oportunidades de mercado e busca criar novas experiências de varejo aos consumidores de todo o país.“Expandir esse projeto para outras praças é uma possibilidade futura. Por enquanto, vamos observar como o consumidor interage com esta primeira loja”, confirma.
Para a rede, o Boticário Lab é mais do que uma loja-conceito, mas um novo conceito de loja, já que proporciona experiências imersivas, produtos e serviços exclusivos e tecnologias que facilitam o acesso aos produtos de forma customizada. Por exemplo, os membros do Clube Viva podem ter atendimento personalizado e direcionado às suas preferências, por conta das informações pessoais já retidas pelo uso da tecnologia.
Celebrando os 42 anos da marca, completados no mês de março, o Boticário Lab é um marco na caminhada e foi implantado em Curitiba para valorizar as origens do negócio. Para o vice-presidente de Franquias do Grupo Boticário, André Farber, há um empenho em ressignificar a experiência do consumidor nas lojas. “O Boticário Lab é a materialização dessa intenção. A ideia é abastecer esse espaço único com muito storytelling dos segredinhos dos nossos produtos, oferecendo uma experiência personalizada da marca para os nossos consumidores”, enfatiza.

Diferenciais

O projeto traz outros diferenciais para a construção do conceito. Um dos destaques é o ambiente destinado aos momentos importantes vividos pela marca, com exposição de objetos originais do acervo. Novidade, também, é a sustentabilidade sendo exercida no espaço. Como o uso de mobiliário modular que exige menos intervenções com obras civis, o que reduz a produção de resíduos. Também a madeira usada ter certificação FSC, iluminação em LED e o uso de vidro reciclado na confecção de itens que decoram o espaço – do recolhimento pós-consumo.
“A busca por uma operação mais sustentável é constante. As lojas são o nosso principal ponto de contato com o consumidor. Por isso, elas têm um papel fundamental nesse processo, não apenas para a marca, mas para a mobilização da sociedade como um todo. Para nós, isso determina o papel do Boticário no mundo”, completa Farber.
(Por Mercado&Consumo via Varejo ESPM)

Varejo brasileiro cresce 4,7% em fevereiro

O varejo brasileiro mantém o ritmo de recuperação observado nos últimos meses com crescimento de 4,7% em fevereiro, comparado ao mesmo período do ano passado, de acordo com dados do índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), divulgado hoje (15/03).
O indicador já tem descontado a inflação que incide sobre os setores do varejo ampliado. Em termos nominais, que refletem a receita de vendas de fato observadas pelo varejista, o ICVA registrou alta de 8% na comparação com o ano anterior.
O resultado do mês foi impactado positivamente pelo calendário. O Carnaval, período em que as receitas de vendas são tradicionalmente menores, caiu em março, enquanto que em 2018 a data foi comemorada em fevereiro. Ajustando o ICVA deflacionado a esse efeito, o índice apontaria alta de 3,8%, leve aceleração em relação a janeiro. Pelo ICVA nominal, no mesmo conceito, o indicador apresentaria alta de 7,1% na comparação com o mesmo período de 2018, também apresentando leve aceleração.
“Mesmo descontando o benefício do calendário, o resultado do ICVA em fevereiro reforça a trajetória de recuperação no varejo. Um destaque positivo foi a aceleração no setor de Vestuário. Por outro lado, dentre as regiões, o Sudeste – particularmente o RJ – contribuiu negativamente para o resultado do mês”, comentou o diretor de Inteligência da Cielo, Gabriel Mariotto.
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apurado em fevereiro pelo IBGE, apontou alta de 3,89% no acumulado dos últimos 12 meses, com leve aceleração em relação ao número registrado em janeiro (3,78%). Os grupos de itens de Alimentação no domicílio e Artigos de residência tiveram aceleração, enquanto o bloco de Transportes caiu ainda mais, de 3,1% em janeiro para 2,0% em fevereiro.
A desaceleração foi puxada principalmente pelo item de Passagem Aérea – que teve a maior queda – saindo de 14,3% de alta para deflação de 1,6%. Ponderando o IPCA pelos setores e pesos do ICVA, a inflação no varejo ampliado em fevereiro ficou em 3,1%, tendo uma estabilização em relação a janeiro (3,2%).
Setores
O bloco de Bens não Duráveis foi o único que apresentou desaceleração na passagem de janeiro para fevereiro, considerando o índice com ajustes de calendário. O desempenho do bloco foi puxado pelos setores de Drogarias/Farmácias e Supermercados e Hipermercados – que apresentaram alta de preços no mês.
O grupo de setores de Bens Duráveis e Semiduráveis apresentou aceleração na passagem mensal, influenciado pelas acelerações de setores como Vestuário e Móveis, Eletro e Lojas de Departamento. Já o bloco de setores de Serviços foi o que apresentou maior aceleração de janeiro para fevereiro, puxado principalmente por Alimentação em Bares e Restaurantes e Turismo e Transporte – este influenciado pela queda de preços experimentada no setor em fevereiro.
Regiões
Todas as regiões brasileiras apresentaram aceleração na passagem mensal, segundo o ICVA deflacionado com ajuste de calendário. A única exceção foi a região Nordeste, que apresentou certa estabilidade no período.
Pelo ICVA deflacionado sem ajustes de calendário, comparando com o mesmo período do ano anterior, o varejo ampliado na região Norte apresentou alta de 10%, seguido pelas regiões Centro-Oeste e Sul com 7,3% e 6,3% respectivamente. A região Nordeste fechou com alta de 5,9% e o Sudeste subiu 2,8%. “A região Sudeste foi impactada negativamente em decorrência das fortes chuvas – principalmente no estado do Rio de Janeiro – que fizeram diminuir o ritmo de vendas no estado”, explicou Mariotto.
Pelo ICVA nominal – que não considera o desconto da inflação – o destaque também foi a região Norte, que registrou alta de 11,8% em fevereiro. Em seguida, temos as regiões Centro-Oeste e Nordeste, ambas com crescimento de 9,9% no período. Por último, temos as regiões Sul e Sudeste, que apresentaram crescimentos de 8,6% e 6,9%, respectivamente.
(Por SuperVarejo via ESPM Varejo)

O cliente pode desistir da compra pela desorganização da loja. Saiba por que!

Quando o consumidor toma a decisão de desistir da compra? Você sabe quais são os motivos que causam essa perda de interesse em adquirir um produto, que chamou a atenção dele pela primeira vez?
Muitas lojas perdem seus consumidores por questões simples de organização, principalmente quando deixam a desejar na limpeza e distribuição dos seus produtos. Sendo assim, preparamos este artigo com as principais razões que podem causar desistências em um comércio.
Quer saber mais? Continue a leitura e organize sua loja para proporcionar a melhor experiência possível para os clientes!

Lugares mal sinalizados

As seções do estabelecimento direcionam o consumidor para os produtos certos? Elas seguem uma lógica de trajeto, buscando influenciar a sua visita para direcionar o seu percurso até os caixas? O ambiente tem luz suficiente para iluminar os corredores?
Entender como está a sinalização da loja pode ser um ponto essencial na hora de conquistar o cliente. Sendo assim, mantenha uma atenção especial nessa questão. A dica é sempre deixar o cliente localizado e com uma linha de trajeto dentro do estabelecimento, que direcione a sua visita até os caixas.

Produtos desorganizados na prateleira

Como é a disposição dos artigos em sua loja? Deixá-los jogados, sem uma boa ordem, é sinônimo de despreocupação do comércio e pode afastar os compradores. É interessante estudar estratégias de cores, tamanhos e preços para fazer com que a organização do ambiente chame a atenção e agrade o cliente.
Dependendo do estabelecimento, também é necessário manter o cuidado redobrado com os vencimentos dos produtos expostos na prateleira. Além de prejudicar a compra, a venda de mercadorias fora do prazo de validade pode causar problemas judiciais com a empresa.

Ambientes mal planejados que atrasam as compras

Qual é o percurso do cliente dentro da sua loja? Quais são os primeiros corredores expostos? A disposição dos produtos precisa ser atrativa e captar a atenção do consumidor, direcionando-o para os artigos do seu interesse, ao mesmo tempo que influencia a compra de diferentes itens.
Analisar o comportamento do consumidor dentro do seu ambiente de compra é uma ótima maneira de estudar qual é a melhor possibilidade de organizar os seus produtos. Além de proporcionar uma melhor experiência para o cliente, o estabelecimento pode acelerar a sua compra, oferecendo uma solução mais prática e otimizada nesse processo.

Produtos sem os preços corretos

Artigos sem preços ou com valores incorretos causam confusão nos clientes e nos profissionais responsáveis por cobrar a venda. Essas experiências de diferença nos preços prejudicam a imagem da loja e fazem com que novos consumidores desistam de comprar devido à desorganização da precificação.
Por isso, é essencial conferir com frequência a organização e atualização dos preços nos produtos e garantir que os clientes tenham todas essas informações acessíveis no momento da compra, evitando mal-entendidos futuros.
O cuidado para oferecer a melhor experiência dentro do seu estabelecimento é um dos processos mais eficientes para o sucesso do seu negócio. Portanto, não deixe de trabalhar para evitar descuidos que levem o seu cliente a desistir da compra, elevando os benefícios ao promover uma boa experiência na sua loja.
Quer receber mais informações com dicas exclusivas sobre como melhorar as vendas da sua loja? Então, assine agora mesmo a nossa newsletter e não perca os nossos conteúdos direto em sua caixa de e-mails!
(Por Pricefy)

Com marcas desatualizadas, a Kraft Heinz perdeu bilhões. E agora?

Em fevereiro de 2017, a Kraft Heinz atravessou o Oceano Atlântico com uma audaciosa oferta de US$ 143 bilhões pela Unilever, uma gigante sonolenta que, segundo argumentava a Kraft, poderia ser estimulada com uma boa dose de corte dos custos e uma poda do portfólio.
Embora a proposta não solicitada tenha sido rapidamente descartada diante da forte oposição do alvo, ela deixou a Unilever devidamente agitada, e a empresa passou a empreender uma reformulação, eliminando ativos de baixo desempenho e aprimorando seu foco no valor para os acionistas.
Dois anos depois, o jogo virou. Na quinta-feira, a Kraft Heinz realizou uma baixa contábil de US$ 15,4 bilhões, admitindo de modo impressionante que algumas de suas marcas mais famosas não conseguiram acompanhar o ritmo das mudanças nas preferências dos consumidores. Em contrapartida, a Unilever e seus pares europeus Nestlé e Danone já tomaram medidas para evitar um destino semelhante, concentrando-se em novas marcas de nicho e alternativas mais saudáveis ao açúcar, à carne e aos alimentos embalados.

Alimentos com propósito

A suíça Nestlé, por exemplo, abandonou o negócio de confeitaria nos EUA e, na semana passada, colocou à venda sua unidade de frios Herta. A Unilever está empenhada em desenvolver o que chama de marcas “com propósito”, que promovem a saúde e protegem o meio ambiente, como uma nova linha de sorvetes com sabores pós-modernos como chai com açafrão-da-terra e canela, enquanto vende ativos problemáticos, como as unidades de margarina e pastinhas de untar. A Danone fez uma grande aposta no iogurte vegano com a aquisição da WhiteWave Foods, por US$ 10 bilhões, há alguns anos.
Embora ainda haja muito chocolate e lanches gordurosos por aí, as grandes empresas de alimentos na Europa adotaram como missão fundamental adaptar-se aos consumidores que gostam de couve e vitaminas e que evitam comidas gordurosas, salgadas, açucaradas ou que já não sejam condizentes com seus valores éticos e de saúde. Esta é uma lição dolorosa para a Kraft Heinz, que perdeu mais de 20 por cento de seu valor de mercado depois que os investidores puniram brutalmente as ações.
“A Kraft Heinz tinha um modelo muito aquisitivo e precisava alimentá-lo”, disse Duncan Fox, analista da Bloomberg Intelligence. “Mas eles têm sido lentos na inovação, apostaram nas tendências erradas e ficaram por fora de tudo.”

Corte de custos

Durante anos, a Kraft Heinz construiu uma máquina formidável confiando no que faz de melhor: eliminar custos indiretos, muitas vezes em ativos que ela engoliu. Formada em uma fusão orquestrada em 2015 pela Berkshire Hathaway, de Warren Buffett, e pela empresa de private equity 3G Capital, sua carteira controladora inclui participações na cervejaria Anheuser-Busch InBev, que também teve problemas para encontrar bolsões de crescimento e reduziu seu pagamento para os investidores no ano passado.
Ao longo do processo de eliminação de custos da Kraft Heinz, algo se perdeu – as marcas começaram a parecer desatualizadas ou desconectadas das tendências de consumo, do queijo processado às carnes e bebidas açucaradas. Embora a empresa recentemente tenha tomado algumas medidas para seguir o ritmo das marcas preocupadas com a saúde, como a compra da fabricante de ketchup orgânico Primal Kitchen por US$ 200 milhões, a grande baixa contábil que provocou uma perda igualmente grande mostrou que essas iniciativas foram insuficientes e chegaram tarde demais.
“Os problemas que a Kraft Heinz está enfrentando são específicos da empresa, porque a companhia implementou o modelo de orçamento com base zero durante vários anos, que é usado sistematicamente pela 3G”, escreveu Alain Oberhuber, analista do MainFirst Bank, em uma nota, na que afirmou que o portfólio de produtos é “medíocre em comparação com o de seus pares”.
Por Exame – Carol Matlack e Corinne Gretler, da Bloomberg via Varejo ESPM

Raia Drogasil compra Onofre e cria gigante de farmácias

A rede de farmácias Raia Drogasil anunciou no fim da tarde desta terça-feira que comprou a rede de farmácias Onofre, controlada pela americana CVS no Brasil.
As conversas entre as duas companhias começaram poucos dias antes do Natal, segundo o jornal O Estado de S. Paulo. A CVS chegou a oferecer a rede para companhias brasileiras. No pregão desta terça-feira, as ações da Raia Drogasil subiram 3,3% na B3.
O negócio uniu a maior rede de farmácias do país a uma companhia focada em São Paulo, que vinha investindo pesado na operação online nos últimos anos.
Com 50 unidades, sendo 47 em São Paulo, a Onofre era a primeira investida da CVS fora dos Estados Unidos. A gigante americana faturou cerca de 200 bilhões de dólares no ano passado. A Onofre foi comprada pela CVS em 2013, por cerca de 700 milhões de reais. Mas a empresa ficou pequena para o tamanho dos desafios no mercado brasileiro.
Fundada em 1934 no Rio de Janeiro, a Onofre foi administrada pela família fundadora, a Arede, até a venda. Sob comando americano, enquanto as concorrentes disputavam os bons pontos disponíveis para abrir centenas de lojas, a Onofre passou por uma reestruturação nos últimos anos. Revisou processos, trocou equipe, mudou o interior e a marca das lojas e reforçou seu foco em vendas online e oferta de serviços — nos EUA, as unidades da CVS aplicam até vacinas. Em 2018, metade das vendas da varejista passaram a vir da internet.
A compra foi cercada por polêmicas. A CVS a questionou o valor do acordo, de 670 milhões de reais por 80% da rede. Quando algumas parcelas deixaram de ser pagas, em 2016, a família Arede entrou com um processo de arbitragem na Câmara de Comércio Brasil–Canadá contra a CVS. A Onofre nunca confirmou a arbitragem.
Enquanto isso, o mercado de farmácia crescia alucinadamente, puxado pela Raia Drogasil. De 2012 para cá, as receitas do setor aumentaram 62%. A Raia Drogasil passou de 864 para 1.825 lojas no período, e viu suas receitas passarem de 6 para 15,5 bilhões de reais em 2018, alta de 12%. O lucro no ano passado foi de 548,6 milhões de reais, crescimento de 7%. A participação de mercado da Raia Drogasil é de 12,9%. A segunda colocada do setor é a Pacheco São Paulo, que dobrou de tamanho em cinco anos, para 10 bilhões de reais.
A Raia Drogasil nasceu em 2011, com a união de duas das mais tradicionais redes de farmácias do país. Apesar do gigantismo, tem o desafio de se manter na dianteira. Para isso, aposta em formas de alcançar a classe C. Em São Paulo, o público de classe A e B já tem uma drogaria do grupo a cerca de 2 km de distância de casa. Para atender a classe C, precisa de uma operação mais enxuta que permita competir em preço com outras redes.
No final do ano passado, em comunicado a investidores, ressaltou que seu principal desafio estava na concorrência de pequenas farmácias de bairro, localizadas especialmente em regiões de baixa renda. Essas unidades têm se organizado em associações que permitem maior poder de barganha nas negociação com fornecedores, o que se tornou um problema para a gigante do setor.
A companhia também tem olhado para o e-commerce, o que deve ser impulsionado com a compra da Onofre. Para isso, a proximidade com o público mais abastado é vista como um trunfo, já que um dos maiores gargalos da venda na internet é a última milha da entrega ao consumidor, nicho em que a Onofre é considerada referência.
“A aquisição é uma grande oportunidade para a Raia Drogasil ganhar agilidade e velocidade no online, área que a Onofre desenvolveu muito bem nos últimos quatro anos, e se manter competitiva em uma praça importante e concorrida como São Paulo”, diz Alexandre Van Beeck, sócio-diretor da GS&Consult, empresa de consultoria com foco em varejo.
Na opinião de Van Beeck, apesar de a saturação do mercado de farmácias ser um tema de constante discussão na indústria, as redes têm uma oportunidade de mudar o conceito das lojas e transformá-las em micro centros de distribuição, por exemplo, algo que a Onofre já começou a fazer para ganhar agilidade na operação digital. “É prematuro e superficial afirmar que o mercado está saturado de farmácias porque a função da loja está passando por mudanças”, diz Van Beeck.
Por Exame – via Varejo ESPM

Nestlé vai vender cápsulas de café com a marca Starbucks em supermercados

A Nestlé vai vender cápsulas de café com a marca Starbucks em supermercados e lojas virtuais de diferentes varejistas.

Os itens serão disponibilizados em mercados da Ásia, Europa, América Latina, Oriente Médio e nos Estados Unidos.
O Brasil começará a receber os produtos já nas próximas duas semanas.
Segundo a companhia, as novas cápsulas foram feitas para serem totalmente compatíveis com equipamentos de suas marcas Nespresso e Nescafé Dolce Gusto.
No ano passado, a Nestlé e o Starbucks fecharam um acordo de US$ 7,15 bilhões que deu à primeira direito de vender produtos com a marca da cafeteria. O acordo não envolve a rede de lojas da Starbucks nem bebidas prontas para o consumo.
O lançamento permitirá maior competitividade para os cafés encapsulados da Nestlé, que passaram a disputar mercado com itens de outras marcas disponíveis nas prateleiras dos supermercados desde que patentes de sua tecnologia começaram a cair.
Diferentemente das cápsulas do Starbucks, os produtos da Nespresso não são vendidos em lojas convencionais —a marca possui rede própria de distribuição e loja virtual.
Em conferência com jornalistas, Patrice Bula, vice-presidente executivo da Nestlé e presidente da Nespresso, diz que as cápsulas da Starbucks formarão uma marca premium de café, sendo vendidas com preços próximos aos das cápsulas da nespresso.
Bula não descarta o risco de que consumidores que compram Nespresso migrem para a nova marca, mas diz acreditar que as duas possuem públicos diferentes e podem crescer juntas.
Segundo ele, enquanto a marca da Starbucks estaria mais associada aos Estados Unidos, a juventude e à inovação, a Nespresso traria um estilo europeu clássico.
“Há algum elemento de canibalização, mas continuaremos inovando com a Nespresso para manter a marca única.”
O executivo não informou expectativas de vendas com o lançamento, mas disse que o projeto é ambicioso e central para as vendas de café da Nestlé.
No total serão lançados 24 novos produtos, incluindo uma linha de grãos inteiros, grãos torrados e moídos. Entre eles estão cápsulas de sabores vendidos pelo Starbucks, bem como como Caramel Macchiato e Cappuccino.
A companhia informa que os itens serão feitos a partir de café da variedade arábica, proveniente de cultivos sustentáveis das principais regiões produtoras do mundo. Grãos brasileiros não serão usados neste momento.

 
(Por Folha de S.Paulo – Filipe Oliveira) Via Varejo ESPM

Cresce participação do consumo infantil no varejo alimentar

Parece que os pais estão resistindo menos ao apelo dos filhos na hora de fazer a compra do mês, incluindo no carrinho os itens que os pequenos gostam. Crianças de até 12 anos foram responsáveis por 3,2 bilhões de ocasiões de consumo na Grande São Paulo nos 12 meses terminados em junho de 2018. De todos os momentos de consumo realizados no lar (café da manhã, almoço, jantar, lanches entre as refeições, ceia), a faixa etária responde por 17,4% deles.
No mesmo período de 2017, o índice era de 16,9%, um crescimento de 0,5 ponto percentual. Os números são do painel Usage Foods & Beverages, elaborado pela Kantar Worldpanel. Hoje, quase 17% da população da Grande São Paulo é de crianças de até 12 anos.

Aumento dos lácteos

As crianças nessa faixa etária têm ocupado um papel especial na retomada do crescimento de alguns itens específicos, como iogurtes. Esses consumidores optam pelo produto no café da manhã (28,7%) e no lanche da tarde (37,8%). A categoria de refrigerados lácteos está presente em mais de 163 milhões de ocasiões de consumo das crianças, quase 60% da categoria está concentrada em indivíduos de até 12 anos.
Com cerca de 21 milhões de indivíduos, a Grande São Paulo apresenta a maior penetração de produtos refrigerados lácteos do país, estando na geladeira de 97,6% dos domicílios em um ano.  Seus principais consumidores são shoppers de até 29 anos e entre 40 e 49 anos, sendo que 45% do volume é comprado pelas classes mais altas –  A/B (45,3%) e C (48%). Já a DE responde por apenas 6,7.

Valor agregado

Os dados apurados apontam ainda que produtos de maior valor agregado e com atributos como praticidade, conveniência e sabor estão cada vez mais dentro dos lares com pequenos, como petit suisse, leite fermentado, bolo pronto, leite em pó e cream cheese.
“Lares com crianças possuem uma alimentação específica, com produtos que se adaptam a cada ocasião. Vemos escolhas sendo feitas, com alguns itens sendo priorizados e outros saindo da cesta. É essencial entender os atributos e os benefícios que direcionam essas escolhas”, afirma Giovanna Fischer, Diretora de Marketing e Consumer Insights da Kantar Worldpanel.
Algumas categorias maduras como biscoitos, maionese e sucos prontos perderam espaço nos domicílios com crianças no período analisado, enquanto que iogurtes e sobremesas prontas permaneceram com os níveis de penetração estáveis.

Supermercados mineiros crescem quase 3% e investem mais que o esperado

O faturamento do segmento supermercadista mineiro atingiu R$ 35,8 bilhões no ano passado, o que representa um crescimento de 2,98% em relação a 2017. Os dados são da pesquisa “Termômetro de Vendas”, da Associação Mineira de Supermercados (AMIS).
A expectativa no início do ano passado era de que 60 lojas seriam inauguradas ao longo do ano em todo o estado. A expectativa foi superada, com 69 novas unidades. A AMIS aponta também investimentos acima do estimado, passando dos esperados R$ 440 milhões para R$ 514 milhões.

Atacarejo e varejo de proximidade

O modelo atacarejo ganhou 25 unidades, sendo 22 novas lojas e três transformadas de outros formatos. Mas as lojas de vizinhança continuam predominando nos investimentos dos supermercadistas. Durante o ano, foram abertas 45 unidades de vizinhança.
As outras duas lojas abertas foram um hipermercado compacto e uma express. Esse último modelo, que contempla pequenas lojas, deve ganhar força no setor em 2019.

Projeção para 2019

De acordo com os dados iniciais levantados pela AMIS, o segmento em Minas Gerais deve ter um crescimento na casa dos 4% em 2019 e cerca de 70 unidades deverão ser inauguradas. Os supermercadistas mineiros esperam abrir mais 7,3 mil novos postos ao longo de 2019.
(Por NoVarejo – Raphael Coraccini via ESPM Varejo)